Supremos e dominantes, Max Verstappen e Sergio Pérez dominam dobradinha da Red Bull na corrida do Grande Prêmio da Bélgica de Fórmula 1, disputada na manhã deste domingo (28/8), no circuito de Spa-Francorchamps, na volta do campeonato após as férias de verão europeu. A prova, porém, deu indícios e respostas para evidenciar uma vantagem da equipe taurina e o amplo favoritismo do holandês rumo ao bicampeonato em 2022.
Antes da largada, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) confirmou a corrida belga no calendário da modalidade em 2023, pois havia o temor de não ocorrer após o insucesso da prova de 2021, finalizada com três voltas, pela chuva densa (com vitória de Verstappen). O clima na Floresta Negra, porém, era claro, límpido e ensolarado na tarde europeia de hoje.
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Na largada, o pole Carlos Sainz saiu tranquilamente da primeira curva, seguido de Fernando Alonso. O espanhol, entretanto, logo foi tocado na saída da reta oposta por Lewis Hamilton, e o inglês da Mercedes, com o impacto do choque, ficou com o carro inguiável e abandonou pela primeira vez no ano.
Os líderes do campeonato, Max Verstappen e Charles Leclerc, largaram em 14º e 15º, após os pilotos da Alpha Tauri (Yuki Tsunoda e Pierre Gasly) largarem desde o fundo, logo subiram e foram para 7º e 8º ao fim da volta de abertura. No giro seguinte, o safety car foi chamado à pista após choque de Valtteri Bottas e Nicholas Latifi. Com problemas na roda dianteira esquerda, o monegasco da Ferrari foi aos boxes e voltou ao fim do grid, levando pneus médios.
Na saída do carro de segurança, Alonso voltou a lutar com a Mercedes, desta vez de George Russell, pelo terceiro lugar. Pérez não conseguia seguir Sainz, que abre mais de um segundo de vantagem. Verstappen, já na sétima volta, era quinto colocado antes mesmo da permissão da abertura da asa móvel (DRS): uma vez permitida, o holandês já deixou para trás o espanhol e o inglês com 20% de corrida percorrida, sem muita dificuldade. Em seguida, pelo rádio, ele reclamou de alta degradação de pneus em seu jogo macio, numa pista de sete quilômetros por volta.
Perseguido pelas duas Red Bulls, Carlos Sainz tinha os rivais a dois segundos atrás. Na equipe austríaca, Max disse pelo rádio que estavam perdendo tempo com Pérez à frente. Ao final da 11ª volta, o espanhol da Ferrari foi aos boxes, voltando à pista em sexto, após bom pitstop, e recuperou três posições na sequência, com seu companheiro Charles Leclerc escalando a grelha para juntar-se aos ponteiros.
Logo houve jogo de equipe entre os líderes, com Sergio Perez cedendo a liderança para o neerlandês, que tentou estender o stint, sem sucesso. Voltando dos boxes, Verstappen superou Sainz e renovou a volta rápida (1:50.747) na abertura da volta 18. Era, claramente, o mais rápido na pista, independente dos compostos que levava em seu carro: não demorou mais que três voltas para abrir cinco segundos na ponta.
Não só o holandês era o melhor, como o carro da Red Bull aparenta ter ampliado sua soberania na pista frente ao restante do grid, no que diz respeito ao imo de corrida: no 21º giro, Sergio Pérez, que não vivia bom fim de semana, superou tranquilamente Sainz pela segunda posição.
Com as posições estabelecidas, não houve grande movimentação na metade da corrida, sobretudo após a 20ª volta. A Ferrari (assim como Alonso, que fazia boa corrida, em 6º) decidiram por ir aos boxes e tentar outra estratégia pelo desgaste de pneus acima do esperado. Pérez parou em seguida e esteve tranquilo, na terceira posição, com seu companheiro (Verstappen) liderando George Russell em 22 segundos na altura da volta 28.
A 15 voltas do final, o grupo dianteiro voltou a estar como antes da segunda rodada de pitstops, com o líder parando próximo dos giros finais. O vice-líder Charles Leclerc parou uma vez mais nas voltas decisivas, para tentar roubar o ponto de volta rápida e quase perde a quinta posição para Fernando Alonso, recuperando a posição no giro derradeiro. Porém, por limite de velocidade nos boxes, o monegasco perdeu a posição outra vez ao ser punido em cinco segundos e não logrou o ponto desejado, que ficou com o vencedor da prova.
Mesmo com um breve problema no câmbio na sequência, o líder não sofreu ameaças e cruzou a linha de chegada em primeiro, para vencer a nona corrida no ano e esticar a vantagem na ponta do campeonato em 98 tentos (284 contra 186). A Fórmula 1 volta no próximo fim de semana, nos dias 1º, 2 e 3 de setembro, com o Grande Prêmio da Holanda, no circuito de Zandvoort.
Veja o resultado final da corrida:
1 - Max Verstappen (Red Bull)
2 - Sérgio Pérez (Red Bull) - +17.841
3 - Carlos Sainz (Ferrari) - +26.886
4 - George Russell (Mercedes) - +29.140
5 - Fernando Alonso (Alpine) - +1:13.256
6 - Charles Leclerc (Ferrari) - +1:14.936
7 - Esteban Ocon (Alpine) -1:15.640
8 - Sebastian Vettel (Aston Martin) - +1:18.107
9 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - +1:32.181
10 - Alexander Albon (Williams) - +1:41.900
11 - Lance Stroll (Aston Martin) - +1:43.078
12 - Lando Norris (McLaren) - +1:44.739
13 - Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - +1:45.217
14 - Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - +1:46.252
15 - Daniel Ricciardo (McLaren) - +1:47.163
16 - Kevin Magnussen (Haas) - + 1 volta
17 - Mick Schumacher (Haas) - + 1 volta
18 - Nicholas Latifi (Williams) - + 1 volta
(Lewis Hamilton e Valtteri Bottas não completaram a prova)
* Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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