MUNDIAL DE FUTEBOL FEMININO SUB-20

Seleção Brasileira encara Japão por vaga inédita na decisão do título

Terceiro colocado no Mundial Feminino Sub-20 de 2006, na Rússia, Brasil jogará nesta quinta-feira, às 23h, por campanha histórica contra a forte seleção nipônica para disputar o caneco pela primeira vez. Espanha e Holanda fazem a outra semifinal

Monique Del Rosso*
postado em 25/08/2022 18:49
Brasil avançou em segundo lugar na fase de grupos e eliminou a Colômbia antes de chegar às semifinais -  (crédito: Thais Magalhães/CBF)
Brasil avançou em segundo lugar na fase de grupos e eliminou a Colômbia antes de chegar às semifinais - (crédito: Thais Magalhães/CBF)

As semifinais da Copa do Mundo Sub-20 Feminina chegaram. A partida do Brasil será contra o Japão nesta quinta-feira (25/8), às 23h no Estádio Nacional da Costa Rica. Essa será a segunda vez que as brasileiras e as japonesas se enfrentarão na história do futebol feminino nesta categoria. O jogo terá transmissão nos canais Sportv e FIFA+ (YouTuibe).

O Brasil está invicto na competição com três triunfos, um empate e nenhum gol sofrido. Além disso, balançou as redes em oito oportunidades. O Japão não sabe o significado de perder. O país protagonizou a melhor campanha da fase de grupos com três vitórias e triunfo nos pênaltis contra a França no mata-mata. Soma nove gols marcados e quatro sofridos.

"Acho que vai ser o jogo mais estratégico desde quando estamos na Seleção Brasileira sub-20. Nós não tivemos muitos jogos fora do país. No elenco atual, nunca jogamos contra equipes orientais”, comenta Jéssica de Lima, auxiliar técnica da Seleção Brasileira.

Para ela, o fato de o Japão ser pouco conhecido pelo Brasil traz apreensão ao elenco. Ela até brinca que o time nipônico é "o futuro". "Eu falo se elas jogam no futuro, quando você está com a bola no pé, elas já estão sabendo do segundo ato, terceiro ato, mesmo sem estar recebendo a bola”, admite.

Porém, Jéssica afirma que a Seleção Brasileira tem muitas chances. "A gente tem coisas que graças a Deus só existem aqui no Brasil e a gente vai usar disso para combater essas estratégias japonesas. O país é sempre muito cobrado pela parte ofensiva e a gente acompanha o futebol feminino há muito tempo. Eu acompanhei todos os mundiais sub-17 e todos os mundiais Sub-20. Posso dizer que temos repertório”.

Entre esses artefatos estão o contra-ataque, as jogadas ensaiadas e a compactação da defesa. Para a zagueira Lauren, muitas das conquistas vindas antes das semifinais nesta campanha vieram de uma maior maturidade entre as meninas, experiência e construção da defesa, que antes não era muito sólida.

"Precisamos ser muito maduras para um jogo tão grande como esse. Isso vai fazer a diferença. É um time ótimo, forte e sólido. Tem algumas características parecidas com o nosso estilo de jogo, então vai ser um confronto muito interessante", finalizou.

*Estagiária sob a supervisão de Marcos Paulo Lima

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