Em tempos de modernização na administração de confederações, federações e clubes, Brasília recebe a partir desta terça-feira, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, a primeira edição do Congresso Internacional de Capacitação de Gestores do Esporte (CICGE). O evento vai até quinta-feira (25).
Com o objetivo de capacitar gestores e discutir diretrizes para a organização esportiva, a programação inclui palestras e cursos de qualificação sobre temas diversos, como acessibilidade, inclusão no esporte, legislação de convênios e contratos. A participação pode ser presencial ou híbrida e as inscrições são gratuitas pelo site do evento.
O desafio é preparar e discutir diretrizes para a organização esportiva em vários segmentos esportivos. De acordo com o organizador do evento, Herbert Félix, a discussão sobre essas áreas é cada vez mais importante. Segundo ele, a falta de conhecimento entre os players do setor tem gerado perdas significativas. Os beneficiados pela Lei do Esporte, por exemplo, muitas vezes não estão prontos para as etapas de captação, execução e prestação de contas.
"Percebe-se uma falta de conhecimento sistêmico de planejamento. Em geral, os gestores não estão capacitados para escolher o melhor caminho e tomar a melhor decisão”, aponta.
A procura por esse tipo de evento de capacitação tem crescido. O trabalho resultou até o momento em 1.200 inscritos em busca de conhecimento para ampliar horizontes. Um outro ponto positivo é a oportunidade de conhecer palestrantes que são referência em suas áreas de atuação no universo do esporte. "Existe uma grande demanda dentro deste ecossistema, pois os cursos disponíveis costumam ter tíquete de entrada a preços significativos", alega.
Herbert Félix, lembra que o Brasil sediou uma série de megaeventos nos últimos 20 anos: Copa do Mundo, Jogos Olímpicos, Jogos Internacionais de Policia e Bombeiros. "Estes eventos serviram de referência em termos de organização e gestão de projetos esportivos com impacto em seu ecossistema nas esferas pública e privada”, destaca.
“Isso nos motivou a realizar o Congresso reunindo profissionais com experiência comprovada, com programação de cases e cursos. As pessoas poderão participar de forma gratuita presencialmente ou online”, anuncia.
“O esporte, além de ser uma ferramenta de auxílio no desenvolvimento da saúde do ser humano, contribui para o desenvolvimento econômico, ético e moral da nossa sociedade. Inclusão, sustentabilidade, geração de empregos, business e tecnologia. O universo esportivo oferece um mundo de possibilidades e muitas delas serão abordadas no nosso congresso”, afirma Herbert Félix, coordenador.
Destaques da programação
O congresso compartilhará conhecimento com um público abrangente, incluindo membros da comunidade de E-sports, para-atletas e especialistas em gamificação.
Um exemplo é Ricardo Chantilly, criador do Afrogames, primeiro centro de formação de jogadores profissionais de e-Sport em uma favela. Outro, o melhor do mundo de futebol de 5 e presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Mizael Conrado,além de Ronaldo Cohin, CEO da startup Jade Autism, especializado na criação de tecnologias gamificadas para o desenvolvimento de crianças e adolescentes com autismo e outras deficiências cognitivas, entre outros.(CPB).
O evento seguirá diversificado, abordando assuntos como clubes e instituições esportivas; Design Thinking na Gestão; Empresas investidoras no esporte; Gestão de eventos internacionais; Gestão de instalações esportivas; Inovação e tecnologia esportiva; Legislação de Convênios e Contratos e outros.
*Estagiária sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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