Futebol Americano

Em vez de banir, NFL aumenta pena de jogador acusado de violência sexual

Deshaun Watson tem suspensão ampliada de 6 para 11 jogos e terá de pagar multa de US$ 5 milhões. Quarterback do Cleveland Browns é alvo de 60 denúncias de massagistas e de 25 processos abertos na Justiça civil

Monique Del Rosso*
postado em 18/08/2022 16:29 / atualizado em 18/08/2022 17:52
Watson. do Cleveland Browns, está há quase 700 dias sem entrar em campo na liga profissional de futebol americano -  (crédito:  NICK CAMMETT/AFP)
Watson. do Cleveland Browns, está há quase 700 dias sem entrar em campo na liga profissional de futebol americano - (crédito: NICK CAMMETT/AFP)

A NFL entrou em um acordo na quarta-feira (18/8) sobre a situação de Deshaun Watson. O quarterback do Cleveland Browns recebeu a confirmação sobre o aumento da suspensão de seis para 11 jogos e multa de US$ 5 milhões. Ele é acusado de violência sexual por mais de 60 massagistas. Foram abertos 25 processos na justiça civil, a maioria já negociada. O atleta está perto dos 700 dias sem entrar em campo.

"Esse acordo requer complacência com uma avaliação profissional e um plano de tratamento, uma multa significativa e uma suspensão substancialmente maior. Somos gratos aos juízes (Sue), Robinson e Peter Harvey por seus esforços em avaliar essas questões, o que deram a base para chegarmos a esta conclusão", afirmou o comissário Roger Goodell em comunicado à imprensa.

Os relatos começaram a partir de ações sexuais em um estabelecimento especializado em massagens. O atleta teve uma conduta inapropriada em sessões. São 25 denúncias e 60 suspeitas até o momento. A maioria das massagistas afirmam que Watson tentou obriga-las a colocar as mãos nele sexualmente. 

As denúncias pipocaram em 2020 e 2021. Foram abertas 25 intimações na Justiça civil, a maior parte deles  encerrada com acordo pela franquia de Watson. Apesar de sempre afirmar a sua questionável inocência, o jogador pediu perdão em contas nas redes sociais.

O quarterback atuava no Texans e depois de uma troca seguiu, em março, para os Browns. Após o primeiro júri americano anunciar que o quarterback não seria indiciado criminalmente, o atleta recebeu um contrato de cinco anos e US$ 230 milhões de Cleveland, mesmo depois de não jogar na temporada, em meio às acusações de violência sexual. O antigo time dele, inclusive, chegou a acordos com 30 mulheres. Elas entraram com ações ou pretendiam acionar a equipe judicialmente por suposta conivência com as atitudes do jogador.

*Estagiária sob a supervisão de Marcos Paulo Lima

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