O cenário no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, estava todo armado para o Cruzeiro sentir como se estivesse jogando no Mineirão. Na tarde deste sábado (13/8), após seis anos distante da capital federal, a Raposa recebeu a Chapecoense pela 24ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Em campo, o melhor ataque da competição nacional dominou praticamente toda a partida e criou as melhores chances de gol. Porém, o ímpeto não foi suficiente para voltar para Belo Horizonte com os três pontos na mala graças a um dos poucos golpes sofridos no jogo: 1 x 1.
Diante das 20 mil vozes cruzeirenses nas arquibancadas, a Chapecoense aproveitou seu único lance de perigo para marcar com Felipe Ferreira logo aos cinco minutos. A vantagem foi suficiente para os catarinenses entregarem a bola para os mineiros. Apesar da blitz no ataque, a Raposa encontrou muita dificuldade para passar das linhas compactas de marcação. A muralha catarinense foi derrubada com o empate no início do segundo tempo. Dono das melhores chances do jogo, o time mineiro seguiu com a bola no pé. Porém, voltou a sofrer com os erros de definição e deixou Brasília com um ponto.
Chape marca e se fecha
Com o Mané Garrincha pintado de azul-celeste, o Cruzeiro colocou a bola no chão para, de fato, exercer o fator casa na capital federal. Porém, logo na primeira chegada perigosa no ataque, a Chapecoense saiu na frente. Aos cinco minutos, Felipe Ferreira protegeu a bola da marcação celeste e chutou firme de fora da área: 1 x 0. A vantagem imediata deixou os catarinenses à vontade para jogar com os blocos de marcação compactados. Na tentativa de pressão, o time mineiro quase igualou na base da sorte. Bidu cruzou, a bola desviou na marcação e exigiu um tapa do goleiro Saulo.
Algumas vezes com as 11 peças atrás da linha da bola à espera de um contra-ataque, a Chape complicava as tentativas de ataque do Cruzeiro. Diante das poucas alternativas, aos 17, Daniel Júnior tentou solucionar de longe, mas errou o alvo. Forçado a rodar o jogo em busca de espaço, o time mineiro esbarrava na linha de meio dos catarinenses, muitas vezes com erros em passes forçados. Mesmo com a Raposa ineficiente, os visitantes também sofriam para encaixar as jogadas de velocidade. Revelado no Paranoá, o Luvannor teve duas chances: na primeira, chutou fraco. Em seguida, cruzou a bola sem rumo.
Aguerrida na marcação, a Chapecoense deixou o Cruzeiro rodar o campo. Mesmo com a bola no pé, o time mineiro praticamente não se aproximou da meta adversária. A pressão celeste levou perigo aos 37. Porém, os chutes de Chay e Machado pararam na barreira montada pelos catarinenses na entrada da área. No minuto seguinte, Bruno Rodrigues fez cruzamento insinuante, mas Luvannor não alcançou. Aos 42, sem opções na frente, o zagueiro Oliveira foi mais um a chutar de longe para fora. Posicionado inteiro no último terço do campo, o time catarinense não voltou a se aproximar do goleiro Rafael Cabral.
Pressão e empate
Os 15 minutos de intervalo fizeram muito bem para o Cruzeiro. Oxigenado e reposicionado em campo, o time celeste levou dois minutos para, enfim, furar a barreira catarinense. Após pressão inicial, Oliveira surgiu bem posicionado e aproveitou escanteio para empatar e incendiar o Mané Garrincha. No ímpeto, a virada quase veio aos cinco. Gasolina cruzou na direção do gol. Atento, Saulo salvou. No lance seguinte, o camisa 85 foi exigido em chute de Luvannor e novamente foi bem. Com transições mais rápidas e marcação alta, a Raposa seguiu encurralando a Chape no setor defensivo.
Passado o aperto dos 15 minutos iniciais, a Chape voltou a formar as linhas de defesa próximas à área para diminuir o campo de ação do ataque celeste. O primeiro chute de perigo dos visitantes no gol veio aos 21. Matheus Bianqui bateu forte e exigiu grande intervenção de Rafael Cabral. Novamente bem postada, a equipe catarinense voltou a dificultar as investidas do Cruzeiro. Edu, de longe, mandou rente à trave aos 27. Com o relógio correndo, a intensidade do confronto pesou para os dois times, fazendo Pezzolano e Marcelo Cabo buscarem opções no banco de reservas.
O técnico cruzeirense acionou os suplentes na tentativa de deixar o setor ofensivo renovado em busca da virada, enquanto o treinador catarinense reforçou as linhas de marcação para segurar o empate. Outra vez sem espaço, o Cruzeiro seguiu chutando de longe. No abafa final, Rodolfo não aproveitou cruzamento na área. Com mais campo para tentar responder na velocidade, a Chapecoense perdeu contra-ataque com Chrystian. Aos 47, a Raposa conseguiu colocar a bola na rede. Porém, a arbitragem viu toque de mão de Bruno Rodrigues ao completar cruzamento de Edu e anulou o lance.
Ficha técnica
CRUZEIRO 1
Rafael Cabral; Zé Ivaldo, Oliveira e Eduardo Brock; Felipe Machado, Neto Moura (Rodolfo), Chay (Willian Oliveira), Daniel Júnior (Rafa Silva) e Matheus Bidú (Wesley Gasolina); Bruno Rodrigues e Luvannor (Edu).
Técnico: Paulo Pezzolano
Gols: Oliveira
Cartões Amarelos: Nenhum
CHAPECOENSE 1
Saulo; Ronei; Léo, Xandão e Fernando; Pablo Oliveira (Marcelo Freitas), Matheus Bianqui, Darlan (Frazan), Felipe Ferreira (Thomás) e Alisson (Kevin); Willian Popp (Chrystian).
Técnico: Marcelo Cabo
Gols: Felipe Ferreira
Cartões Amarelos: Pablo Oliveira, Léo, Saulo e Chrystian
Árbitro: Sávio Pereira Sampaio (FIFA/DF)
Local: Estádio Nacional Mané Garrincha - Brasília (DF)
Público: 22.432
Renda: R$ 1.816.425,00
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