Diversos times de rugby para pessoas com cadeira de rodas estarão concentrados em Brasília, mais especificamente no Gama, neste fim de semana. A Associação Brasileira de Rugby em Cadeira de Rodas (ABRC), realiza o Torneio regional Centro-Oeste da modalidade no Centro Olímpico e Paralímpico, no sábado (30/7) e domingo (31/7). Esse será o primeiro ano em que aconteceram competições regionais. A entrada é franca. As partidas também serão transmitidas no canal do YouTube da ABRC.
Amplo e sem distinção de gênero, homens e mulheres jogam juntos no mesmo time. As modalidades também estarão disponíveis para as mais variadas idades. No campeonato, as equipes do Distrito Federal presentes na disputa do Torneio Regional Centro-Oeste serão três: BSB Quad Rugby, Cetefe Lobo e Sarah.
O rugby em cadeiras de rodas vem crescendo no Brasil também e em outros países, como Canadá e Estados Unidos. O presidente da Associação de Rugby em Cadeira de Rodas, José Higino, comentou sobre o esporte ter tomado um espaço maior, atraindo público e novos atletas. Uma outra importância é a ampliação da quantidade de vagas de trabalho no paradesporto. “Estamos felizes em concluir todas as etapas dos regionais e contribuir para o crescimento do rugby, oferecendo mais jogos, proporcionando ao atleta evoluir tecnicamente e a jogar em casa com a torcida dos amigos e familiares”, explica o dirigente.
O torneio será uma chance de mostrar ao público os sentimentos trazidos pelo rugby em pessoas com deficiências. José ainda coloca outros pontos positivos na modalidade. “Os benefícios do esporte de alto rendimento na reabilitação é a inclusão da deficiência”, ressalta.
Curso para novos árbitros
Desde sexta-feira (29/7), a ABRC também está oferendo cursos gratuitos para a formação de árbitros e mesários no rugby de cadeira de rodas. As aulas práticas e teóricas são direcionadas a profissionais de educação física, acadêmicos e áreas afins e também acontecem no Gama até domingo (31/7). O conteúdo segue as diretrizes internacionais da World Wheelchair Rugby (WWR).
“Com o crescimento do desporte, também aumentam os postos de trabalho no paradesporto. São oportunidades multidisciplinares desde staffs técnicos, preparadores físicos, classificadores, árbitros, médicos entre outros”, alega o responsável pelo torneio.
Após ter interesse na modalidade e ir participar dos jogos. Os candidatos passam por uma classificação funcional para saber se está apto e descobrir o seu nível físico. Essa avaliação é feita por um profissional em Classificação Funcional capacitado pela própria instituição.
*Estagiária sob a supervisão de Marcos Paulo Lima