Considerada a maior rivalidade interestadual do Brasil, Flamengo e Atlético-MG protagonizaram um duelo quente com e sem a bola na Copa do Brasil. Nas semanas entre as partidas de sobrevida, rubro-negros e atleticanos protagonizaram uma guerra além dos gramados. O clássico fora de campo teve de tudo, desde declarações de jogadores para incendiar as torcidas até uma guerra fria nos bastidores envolvendo questões externas ao jogo. Hoje, às 21h30, no Maracanã, cariocas e mineiros encerram, de chuteiras, os 180 minutos.
Na parte envolvendo bola rolando, o Atlético-MG joga no Rio de Janeiro com uma vantagem. No Mineirão, em Belo Horizonte, o alvinegro contou com gols de Hulk e Ademir. Coube a Lázaro dar sobrevida ao rubro-negro. O resultado de 2 x 1 deixa o Galo com a vantagem de jogar no Maracanã pelo empate. Vitória carioca por um gol de diferença leva a definição do classificado para as quartas de final da Copa do Brasil para os pênaltis. Confronto aberto e com promessa de sair faísca a cada lance.
O princípio de fogo nasceu em Minas. Testemunha da festa atleticana em casa, Gabigol convocou os flamenguistas para fazer o mesmo no Maracanã. "Lá eles vão conhecer o que é inferno", atiçou. A previsão foi rebatida ainda no gramado por Hulk. "Tudo jogador experiente, de seleção, cascudo. Não tem nenhum menino para enfrentar a pressão que for", garantiu o destaque atleticano.
Com a repercussão do "chamado" de Gabi, o Atlético-MG foi ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pedindo punição ao atacante. O Flamengo e o jogador precisaram explicar, mas a notícia de infração acabou arquivada. O perfil do Maracanã no Twitter entrou na onda brincou com o "calor do inferno" na última segunda-feira. O vice de futebol Marcos Braz parafraseou o atleta ao demonstrar confiança na volta por cima dos cariocas. Preocupado com o clima hostil, o Galo pediu proteção aos atleticanos.
Os flamenguistas compraram o discurso. Os mais de 60 mil presentes prometem mosaico, sinalizadores e cantoria para compor o clima nas arquibancadas. Em campo, Dorival Júnior não terá o lesionado Rodrigo Caio e o negociado Willian Arão. De resto, joga com o melhor do elenco. Arrascaeta e Everton Ribeiro, poupados na derrota de domingo para o Corinthians, retornam. A dupla Pedro e Gabigol, efetiva contra o Tolima, deve voltar a iniciar uma decisão junta.
Com o diretor de futebol Rodrigo Caetano garantindo que a "arquibancada não usa chuteira", o Galo joga com a intenção é confirmar a vantagem conquistada quando empurrado pelo seus torcedores para esfriar o inferno rubro-negro. Contra o Fla, Hulk completará 100 partidas com a camisa alvinegra. O camisa sete será, novamente, titular do técnico Antonio Mohamed. De volta de lesão sofrida na ida, Jair é opção, assim como Zaracho.
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