O sérvio Novak Djokovic vai disputar a final de Wimbledon pela oitava vez na carreira. Nesta sexta-feira, o número três do mundo derrotou, de virada, o local Cameron Norrie por 3 sets a 1, com parciais de 2/6, 6/3, 6/2 e 6/4, em 2h34min de jogo, e se manteve na briga pelo sétimo título na grama londrina.
Seu adversário no domingo será o australiano Nick Kyrgios, que nem precisou suar para alcançar sua primeira final de Grand Slam na carreira. O polêmico tenista, atual 40º do ranking, contou com a desistência de Rafael Nadal na véspera. O espanhol desistiu do torneio por conta de uma lesão abdominal.
Na única semifinal masculina desta edição de Wimbledon, num dos dias mais quentes do torneio, Djokovic voltou a mostrar certa irregularidade no começo da partida. Perdeu seu saque logo no primeiro game do set inicial e abriu caminho para Norrie iniciar o jogo na frente. Contando com forte apoio da torcida, o britânico faturou três quebras de saque na parcial, em sua primeira semifinal de Grand Slam.
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No segundo set, o 3º do ranking começou a reagir diante do 12º. Ele aproveitou os 14 erros não forçados do tenista da casa para obter uma única quebra na parcial e empatar o confronto. Mais concentrado e menos irregular, o sérvio subiu de nível no terceiro set. Ele aproveitou duas das quatro chances que teve para quebrar o saque do adversário e abriu vantagem. E, como aconteceu na parcial anterior, sequer teve o serviço ameaçado.
Na quarta parcial, Djokovic foi ainda mais consistente. Desta vez, usando melhor o saque, com o qual faturou seis aces. A busca pela quebra foi mais suada, convertendo apenas uma das cinco chances concedidas pelo britânico, que exibia grande preparo físico. Mais sólido, o ex-número 1 do mundo confirmou o triunfo sem sustos.
Djokovic soma agora 27 vitórias consecutivas na grama londrina. Ele venceu as últimas três edições do torneio britânico, em 2021, 2019 e 2018 - a competição foi cancelada em 2020 devido à pandemia de covid-19.
O sérvio vai disputar uma final de Grand Slam pela 32ª vez, um novo recorde no tênis masculino. Até então, a marca de 31 decisões era compartilhada com o suíço Roger Federer. Djokovic terá a chance de desempatar com o rival também no número de títulos de Major. Ambos somam 20 troféus cada. Ao mesmo tempo, ele tentará se aproximar do recorde de conquistas de Federer em Wimbledon, com oito títulos em Londres.
Na final, às 10h de domingo (pelo horário de Brasília), Djokovic vai enfrentar um rival inédito numa final de Grand Slam. E viverá situação incomum no circuito. Terá diante de si um rival que nunca venceu, nem mesmo um set sequer. Nos dois confrontos disputados pelos dois tenistas no circuito, o australiano venceu ambos, no mesmo ano de 2017. Será o primeiro encontro entre eles num Major.
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