O principal torneio feminino de seleções do Velho Continente está de volta ao berço do futebol moderno. Dezessete anos depois de receber a Eurocopa pela primeira vez, em 2005, a Inglaterra prova a evolução do respeito ao esporte que pode, sim, ser praticado pela mulheres. O maior público na primeira edição na terra da rainha foi 29.092 no Etihad Stadium, na estreia das anfitriãs. A decisão entre Alemanha e Noruega levou 21.101 pagantes ao Ewood Park, a casa casa do Blackburn.
Em tempos de respeito à igualdade de gênero, a Euro Feminina conquistou o direito de abrigar a final em Wembley, Londres. Todos os ingressos para a final, em 31 de julho, estão esgotados. A arena londrina tem capacidade para 90 mil torcedores. A premiação dobrou. Passou de 8 milhões de euros, em 2017, para 16 milhões em 2022.
A maior vitória, porém, é contra o preconceito. Há 101 anos, em 1921, a FA vetou a prática do futebol feminino. Hoje, a dona da casa Inglaterra receberá a Áustria, em Old Trafford — o Teatro dos Sonhos. Assim é carinhosamente chamado o estádio do Manchester United. Há espaço para 70 mil fãs. À altura da liberdade. A expectativa é de que esteja lotado na estreia de uma das favoritas.
Assim como na versão masculina, a Inglaterra jamais conquistou a Euro Feminina. Amargou vices contra Suécia (1984) e Alemanha (2009). A fé na conquista inédita está na prancheta de uma treinadora estrangeira: a holandesa Sarina Wiegman. Em 2017, ela levou a Laranja Mecânica à glória dentro de casa ao derrotar a Dinamarca por 4 x 2. A Inglaterra aposta no poder de mobilização dela para repetir o feito com Inglaterra.
A Holanda perdeu a técnica, mas não o favoritismo. Defenderá o título aos pés de Vivianne Miedema. A atacante de 25 anos do Arsenal é uma das melhores jogadoras da atualidade.
Em jejum desde 1984, a Suécia coleciona três vices. O país da técnica brasileira Pia Sundhage desembarca na Inglaterra com o status de vice-campeã olímpica nos Jogos de Tóquio-2020. É uma das seleções mais equilibradas.
Jamais deve-se descartar a octacampeã Alemanha. O país vinha de se seis títulos consecutivos até ter dinastia encerrada pela Holanda. A seleção é um baião de dois, uma mescla de Wolfsburg e Bayern de Munique, os melhores times da rauen-Bundesliga. Uma seleção promissora é a Espanha. Apesar do desfalque da número 1 do mundo Alexia Putellas, lesionada, o país conta com a número 3, Jenni Hermoso.
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