As declarações do presidente do Taguatinga, Edmilson Marçal, não foram suficientes para afastar as suspeitas de falsificação nos documentos do jogador Douglas Matheus, que atuou pela equipe no Campeonato Candango sub-20. O clube foi intimado pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Distrito Federal (TJD-DF), na segunda-feira (27/6), para sessão de instrução e julgamento na próxima sexta-feira (1º/7), às 10h, na sede da Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF), na Asa Sul.
Na última quinta-feira (23/3), o TJD-DF foi comunicado por Legião e Grêmio Valparaíso sobre uma possível falsificação nos documentos do meia-atacante Douglas Matheus, que atuou pelo Taguatinga em cinco partidas do Candangão sub-20. As diretorias dos dois reclamantes foram informadas que o jogador teria mais de 20 anos. Portanto, ele não estaria apto a disputar o torneio de juniores, conforme o regulamento que permite somente atletas nascidos até 2002.
Diante desse cenário, Legião e Greval solicitaram a perda de 28 pontos do Taguatinga. A punição derrubaria a equipe da liderança do Grupo B para a lanterna da chave. Os dois reclamantes também pedem a exclusão do concorrente infrator no torneio.
Em contato com o Correio Braziliense, o presidente do Taguatinga, Edmilson Marçal, revelou que Douglas Matheus já deixou a equipe e garantiu não ter sido comunicado de quaisquer irregularidades na chegada do jogador ao DF. “Com essa documentação, ele jogou pelo Aparecida-GO e jogou dois campeonatos federados por lá. Depois, se transferiu para o Pará, não havendo nenhuma irregularidade ou punição”, disse.
Segundo o presidente do Taguatinga, Douglas Matheus chegou ao Distrito Federal após a indicação de empresários. A transferência do Pará para a capital foi paga e o atleta foi liberado sem a comunicação de nenhum tipo de infração.
Essa não é a primeira vez que o Taguatinga é citado no TJD-DF por supostos “gatos”. Após as semifinais do Candangão Sub-20 de 2021, o mesmo Legião identificou uma possível irregularidade na documentação do jogador Tomaz Alves Reis, que também teria alterado os dados para competir abaixo de sua idade e desrespeitando o regulamento do torneio.
À época, somente jogadores nascidos até 2001 poderiam participar. Segundo o Legião, Tomaz Alvez Reis teria nascido em 1998 e adulterado a data de nascimento dele na certidão para 14 de janeiro de 2002. Porém, a Procuradoria do TJD-DF não enxergou irregularidades e decidiu arquivar o caso na semana seguinte.
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima