Competindo pelo Centro de Atletismo de Sobradinho, Elianay se sente privilegiada em competir com os melhores do esporte. Para fazer bonito nos Estados Unidos, ela segue uma rotina de treinamentos de quase três horas de segunda a sábado. Para ganhar mais resistência, ela ainda realiza trabalhos de musculação. Em média, o esforço semanal resulta de 100 a 140km percorridos.
"Os melhores atletas do mundo estarão lá. É importante competir com os mais fortes. E se você quer estar em Olimpíadas, é bom competir em Mundiais", comenta. A edição de 2022 em Oregon (EUA) será a segunda participação de Elianay no torneio. Em 2019, ela competiu em Doha e ficou em 16º.
"Sempre fiz 20km, a prova oficial da Marcha Atlética. Em 2018, fui fazer os 50km também nos Jogos Pan-Americanos Lima-2019 e Mundial. Com a mudança de 50km para os 35km, continuo focando nos 35km. Ao nível mundial, eu me saio melhor nos 35km, que é a prova que vou disputar."
Embora otimista com o cenário da marcha atlética no DF, Elianay cita a falta de investimento no futuro do esporte. "Essa geração vem forte. Há muitos atletas bons e de grande potencial de serem olímpicos, mas ainda vejo pouco apoio, principalmente daqueles que dependem de bolsa atleta", protesta.
"Na bolsa federal, por exemplo, precisa ser, no mínimo, medalha nacional para conseguir algum apoio e caso se lesione ficará sem apoio no ano seguinte. Brasília tem situação mais difícil. A minha equipe faz, no ano, de 10 a 12 medalhistas. Então, imagine, muitos atletas com resultados para poucas bolsas", conclui.