O sentimento é de uma noite que poderia ter sido melhor para o Corinthians. Na terça-feira (28/6), o Timão recebeu o Boca Juniors na Neo Química Arena, pelo jogo de ida das oitavas de final da Libertadores, e ficou no zero. O placar, porém, poderia ter terminado com vantagem alvinegra, se Róger Guedes não tivesse desperdiçado penalidade ainda na primeiro tempo.
O equilíbrio foi a tônica do jogo. Se no primeiro o Boca Juniors chegou a ter mais a bola, na segunda metade da etapa, Corinthians foi quem controlou melhor e teve a chance de abrir o placar em cobrança. Róger Guedes, porém, bateu mal e manteve tudo zerado em Itaquera. Pelo lado argentino, Benedetto foi acionado antes do apito para o intervalo e forçou grande defesa de Cássio.
Nos 45 minutos finais, Willian fez boa jogada individual que assustou os xeneizes. Driblador, Adson também encontrou brechas e até foi derrubado na área, mas sem pênalti, segundo o árbitro. A reclamação também esteve presente pelo lado argentino. Em combate com Villa, o zagueiro Bruno Méndez, improvisado no lugar de Fagner, desviou a bola com a mão, porém, sem marcação alguma da arbitragem.
Tensão e pênalti perdido
As primeiras movimentações nos 45 minutos iniciais foram de cautela por parte das duas equipes. O Boca Juniors chegou a ter mais a bola nos primeiros atos, mas não soube o que fazer com ela. Acuado, o Timão sentiu a ausência da qualidade na saída de bola e explosão de Du Queiroz, lesionado. Roni foi o substituto, que não conseguiu entregar a mesma ofensividade do companheiro de posição. No início tenso, uma cabeçada de Benedetto no centro do gol foi o cartão de visitas.
As respostas corintianas vieram somente na segunda metade da etapa. Válvula de escape, Adson dominou pela direita, cortou para dentro e quase marcou um golaço de fora da área. Os alvinegros seguiram no campo de ataque até serem premiados com um pênalti, aos 39’, em disputada na área. O zagueiro Rojo acertou o braço no rosto de Roni e Róger Guedes bateu mal para a defesa de Rossi. No finalzinho, aos 47’, Benedetto recebeu cruzamento e, mesmo sem pegar em cheio, obrigou Cássio a fazer grande defesa.
Reclamação e pouca inspiração
O Corinthians voltou do intervalo desfalcado. Fagner sentiu dores e foi substituto pelo zagueiro Bruno Méndez. A mudança, porém, não desanimou os donos da casa. Logo no primeiro minuto, Willian fez jogada individual pela esquerda, invadiu a área e cruzou para trás. Giuliano chutou em cima da zaga e Mantuan ficou com a sobra e também carimbou o bloqueio xeneize. A resposta do Boca Juniors veio em bola parada. Óscar Romero chamou a responsabilidade e arrematou com perigo, obrigando Cássio a salvar a pátria novamente.
Assim como na primeira etapa, Adson era uma das armas corintianas. Aos 12', o atacante apostou na jogada individual e foi derrubado na área, mas o árbitro interpretou como lance normal. Três minutos depois, foi a vez do Boca pedir o pênalti. Villa dominou pela direita e tentou cruzamento que desviou no braço de Bruno Méndez. Os argentinos fizeram pressão, porém a arbitragem de campo e vídeo também nada marcaram. Nos minutos finais, os xeneizes tentaram as últimas investidas, mas a pouca inspiração marcou a etapa e o marcador em Itaquera seguiu inalterado.
O que vem por aí
Corinthians e Boca Juniors voltam a se enfrentar na próxima terça-feira (5/7), às 21h30, na Bombonera, em Buenos Aires, na Argentina. Antes do duelo derradeiro, o Timão visita o Fluminense pelo Brasileirão, no sábado (2/7), às 16h30, no Maracanã, enquanto os hermanos recebem o Banfield um dia antes, às 21h30.
Ficha técnica
CORINTHIANS - 0
Cássio; Fagner (Bruno Méndez), João Victor, Raul Gustavo, Lucas Píton; Roni, Giuliano e Adson (João Pedro); Gustavo Mantuan, Róger Guedes (Júnior Moraes) e Willian. Técnico: Vítor Pereira
Cartões amarelos: Roni, Lucas Píton e João Victor
BOCA JUNIORS - 0
Rossi; Advíncula, Izquierdoz, Rojo e Sández; Valera, Pol Fernández, Zeballos (Juan Ramírez), Óscar Romero (Campuzano), Villa e Benedetto. Técnico: Sebastián Battaglia
Cartões amarelos: Rojo, Villa e Varela
Local: Neo Química Arena (SP)
Árbitro: Roberto Tobar (CHI)
Público e renda: 44.753 presentes e R$ 4.276.661,57
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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