Um apagão marcou o último ato da Seleção Brasileira feminina antes da Copa América. Nesta terça-feira (28/6), o esquadrão canarinho visitou a Suécia na Friends Arena, em Estocolmo, e foi derrotado, de virada, por 3 x 1. As meninas do Brasil chegaram a sair na frente com gol de Debinha, mas, em dois minutos, viram Kaneryd e Hurtig empatar e virar a partida na capital sueca. A conta sueca foi fechada por Blackstenius, que, de cavadinha, marcou o terceiro.
Enquanto a Suécia buscava chegar de pé em pé, o Brasil apostava nos lançamentos e na velocidade de Kerolin, pela esquerda. Explorando bem essa jogada, a atacante brasileira chegou a ficar cara a cara com a goleira Lindahl, mas desperdiçou em chute fraco. Na segunda etapa, o modo avassalador verde-amarelo rendeu um gol logo no início, com Debinha. Com a desvantagem, as suecas se lançaram ao ataque e, em dois minutos, empataram e viraram o jogo. No último ato, Blackstenius ainda encontrou espaço para deixar o dela.
Zero insistente
Os primeiros 10 minutos de jogo foram de um Brasil acuado no campo defensivo, mas que abusou bem os lançamentos em velocidade para Kerolin, pela esquerda. Explorando o setor, a atacante brasileira recebeu bola de Tamires, invadiu a área, mas chutou rasteiro e fraco nas mãos da goleira Lindahl. Com maior posse de bola, as suecas apostaram na criatividade e na troca de passes para clarear as jogadas. No entanto, a defesa canarinho seguiu bem postada e anulava bem as tramas ofensivas das europeias.
Aos 19’, Rolfö avançou pela ponta esquerda e colocou a bola na área. A zaga verde-amarela afastou parcialmente e Angeldal pegou a sobra de fora e chutou por cima do gol. Seis minutos depois, foi a vez de Tamires levar perigo. A camisa 6 avançou pelo setor canhoto, cruzou fechado e enganou a arqueira sueca, acertando a trave. Os 30 graus em Estocolmo interromperam a partida para parada para hidratação. O jogo voltou menos movimentado, mas o Brasil quase contou com um frango da goleira adversária em arremate de longe de Adriana.
Apagão brasileiro
Se na etapa inicial o Brasil não aproveitou as oportunidades, no segundo tempo, cinco minutos foram suficientes para o esquadrão canarinho balançar as redes suecas. Fê Palermo enxergou avanço de Debinha, que invadiu a pequena área e chutou no cantinho de Lindahl. A euforia do gol brasileiro, porém, deu lugar a um apagão. Com a desvantagem no placar, as suecas se atiraram ao ataque e dificultaram a saída de bola brasileira. As mudanças promovidas pelo técnico Kurt Gerhardsson logo surtiram efeito.
Kaneryd saiu do banco e, no primeiro toque na bola, roubou a bola na entrada da área brasileira e chutou cruzado, deixando tudo igual. No minuto seguinte, o Brasil vacilou na saída de bola, Andersson avançou pela esquerda e cruzou para Hurtig cabecear livre e virar o jogo para as donas da casa. Sem conseguir sair jogando, o Brasil apenas observou a Suécia controlar os minutos finais do jogo. Quando tudo parecia definido, Blackstenius foi acionada nas costas da zaga canarinho e fechou a conta de cavadinha.
O que vem por aí
Com a derrota, a Seleção Brasileira encerra a bateria de amistosos preparatórios para a Copa América. As jogadoras recebem folga no retorno ao Brasil e integram o elenco novamente em 5 de julho, quando viajam para a Colômbia, quatro dias antes da estreia continental contra a Argentina, às 21h.
A Copa América é parte vital para a sequência do ciclo da Seleção Brasileira, pois garante três vagas diretas na Copa do Mundo Fifa, que será disputada na Austrália e Nova Zelândia, em 2023. O campeão e o vice garantem, ainda, classificação direta aos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Maior campeão sul-americano, o Brasil buscará o oitavo título e inicia a caminhada no Grupo B, ao lado de Peru, Venezuela, Uruguai e Argentina.
Ficha técnica
SUÉCIA - 3
Lindahl; Glas, Ilestedt, Ericsson e Andersson; Björn (Bennison), Angeldal (Seger) e Asllan (Blackstenius)i; Jakobsson (Kaneryd), Hurtig e Rolfö (Schough). Técnico: Kurt Gerhardsson
Gols: Kaneryd, Hurtig e Blackstenius
BRASIL - 1
Lorena; Fê Palermo (Letícia Santos), Rafaelle (Kathellen), Tainara e Tamires; Angelina, Luana (Duda Santos), Adriana (Geyse) e Ary Borges (Bia Zaneratto); Kerolin (Gabi Portilho) e Debinha. Técnica: Pia Sundhage
Gol: Debinha
Cartão amarelo: Debinha
Local: Friends Arena, Escotocolmo (SUE)
Árbitra: Sandra Bastos (POR)
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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Lucas Figueiredo/CBF Foto: Rafaelle em jogada individual -
Kerolin em ação pela Seleção Foto: Lucas Figueiredo/CBF
