FUTEBOL AMERICANO

Gama Leões de Judá e Tubarões do Cerrado decidem Taça Cairo Santos no Abadião

Times do Distrito Federal jogam, nesta sábado (25/6), no Estádio Abadião, em Ceilândia, o Cerrado Bowl, a final do torneio em homenagem ao primeiro brasileiro na NFL. Ingressos estão à venda pela internet

Paulo Martins*
postado em 24/06/2022 23:15 / atualizado em 24/06/2022 23:19
 (crédito: Mateus Tourinho/Divulgação)
(crédito: Mateus Tourinho/Divulgação)

Em tempos de férias da National Football League (NFL), a badalada liga profissional de futebol americano dos Estados Unidos, o fã brasiliense poderá matar um pouco da saudade dos grandes astros do esporte com uma grande final de um torneio ao lado de casa. Neste sábado (25/6), às 14h, Gama Leões de Judá e Tubarões do Cerrado disputam, no Estádio Abadião, em Ceilândia, o Cerrado Bowl, jogo que fecha a Taça Cairo Santos, principal competição do Centro-Oeste batizada em homenagem a um atleta que já atuou na temporada regular e nos playoffs do principal torneio da modalidade. À venda pela internet, os ingressos custam R$ 15.

Disputada desde 2016 sob a tutela da Federação de Futebol Americano do Cerrado (FEFAC), a Taça Cairo Santos foi organizada em 2022 em formato de triangular, com os candangos levando a melhor na disputa para estar no Cerrado Bowl contra o Goiânia Rednecks. Na final de hoje, os times do Distrito Federal lutam para ampliar suas hegemonias. Campeão em 2015, 2020 e 2021, o Gama Leões de Judá tenta o tetracampeonato. Fora das duas últimas disputas por questões relacionadas à pandemia, o Tubarões do Cerrado tenta a terceira conquista.

Em entrevista ao Correio, os presidentes do Gama Leões de Judá, Adalberto Patrocínio Corrêa de Araújo, o Dadau, e do Tubarões do Cerrado, Paula Chiarotti, deram suas visões sobre a finalíssima e sobre a temporada de 2022. Mesmo defendendo o topo da Taça Cairo Santos, Dadau, não admite soberba no time para a partida de sábado. "Estamos com os pés completamente no chão. Temos a convicção que ainda não ganhamos nada. Os passos anteriores foram somente para esse momento", ressalta. O GLJ, inclusive, pode ser tricampeão de forma invicta se voltar a vencer o rival.

No encontro da semana 1, o Leões de Judá venceu por 17-0, no Estádio JK, no Paranoá. Na oportunidade de revanche, Paula Chiarotti destacou o clima de preparação para o restante da temporada, vendo o Cerrado Bowl como uma oportunidade para retomar o ritmo de jogo. "Levo em conta que fomos a última equipe a retornar aos treinos da pandemia, pois esperamos 75% de nossos atletas serem vacinados. A Taça Cairo Santos nos deu um ambiente bacana de termômetro e ajustes pré-brasileiro", declara, lembrando a participação do TdC na Liga Brasil Futebol Americano (BFA).

Dura rotina

A realidade dos atletas do esporte no Distrito Federal ainda é de amadorismo, apesar de as competições serem de instância nacional. O safety dos Tubarões Pedro Franca, o "Babu", 32 anos, pratica o esporte de graça há oito anos. "Entro em campo porque amo jogar. A minha rotina se resume a treinar quatro vezes por semana, trabalhar com foto, edição de vídeo e animação em after effects", explica.

O desafio de jogar bola oval no país da bola redonda também faz parte da vida do running back dos Leões Rômulo Teodoro, de 25 anos, o ''Chuck''. "Não bastam os treinos fora do horário comercial para que todos compareçam, mas também temos treinos por fora para estar apto nesse esporte de grande contato. Nossa rotina é ter que lidar com nossos trabalhos convencionais durante o dia, conseguir tempo para se preparar fisicamente e treinar durante a noite com o time, praticando o esporte de fato", explica.

A situação salarial se restringe a alguns personagens, sendo em grande parte amador no todo país. "Na capital federal, 98% das pessoas não recebem nenhuma ajuda de custo. A exceção são jogadores estrangeiros, personal trainers e nutricionistas que prestam seus serviços para o time, além de jogar. Também é obrigado a contribuir com uma taxa mensal para que o time tenha caixa para disputar os campeonatos, pagar uniformes, arbitragem e pintura de campo nos jogos, ônibus para viagens, equipamentos para treinar entre outros", afirma o atacante do time gamense.

Homenageado da competição

O nome da competição de clubes de futebol americano do Distrito Federal e de Goiás remete a Cairo Santos, primeiro brasileiro a atuar em jogos da NFL. O paulista de 30 anos começou no esporte em 2007 e ganhou uma bolsa na Universidade de Tulane, em Nova Orleans, para jogar. A estreia na liga foi no Kansas City Chiefs, em 2014. Hoje, ele defende as cores do Chicago Bears.

Serviço

Cerrado Bowl — final da Taça Cairo Santos
Leões de Judá x Tubarões do Cerrado
Quando: Sábado (25/6), às 14h
Onde: Estádio Abadião, em Ceilândia
Ingressos: R$15. Disponíveis no site sympla.com.br
Transmissão: YouTube da FEFAC

*Estagiário sob a supervisão de Danilo Queiroz

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