A preparação da Seleção Brasileira feminina para a Copa América esbarrou em um resultado negativo. Nesta sexta-feira (24/6), o esquadrão verde-amarelo visitou a Dinamarca no Estádio Parken, em Copenhague e foi derrotado por 2 x 1. Valente, o Brasil perdia até os 41 minutos do segundo tempo, quando Debinha chamou a responsabilidade e deixou tudo igual. Porém, aos 45, Gejl aproveitou a oportunidade e decretou o triunfo das dinamarquesas.
Pia Sundhage desenhou uma equipe ofensiva, com marcação alta que incomodou as dinamarquesas. O primeiro tempo foi de um Brasil melhor, povoando o meio de campo e com boas chances. Contudo, as jogadas não foram bem aproveitadas. A Dinamarca chegou ao gol após erro na saída de bola, que terminou em chute colocado de Thomsen. No segundo tempo, as brasileiras seguiram incomodando, mas sem aproveitar as chances criadas. O gol de empate veio no abafa, quando Debinha invadiu a área e estufou as redes. No entanto, o placar ainda foi alterado quando Gejl foi ao ataque e marcou.
Falta de pontaria
Os primeiros minutos de jogo foram de duas equipes se respeitaram e se estudaram bastante. O Brasil começou com maior posse de bola, marcação alta e povoando o meio de campo. O controle inicial, porém, não surtiu efeito ofensivo. Com alguns erros de passe, as dinamarquesas foram gostando da partida até inaugurarem o placar aos 16 minutos com golaço de Thomsen. Após erro na saída defensiva de Fê Palermo, Harder roubou a bola e passou para a camisa 19 chutar de fora da área e acertar o ângulo da goleira Lorena.
Com a desvantagem, a Seleção esbarrou na falta de pontaria. Uma das melhores chances verde-amarelas na primeira etapa veio somente aos 26 minutos, quando Debinha invadiu a área e chutou para fora. Na sequência, Adriana também tentou o arremate de longa distância, mas longe do alvo. Na reta final, o Brasil quase foi recompensado. Kerolin recebeu na entrada da área e finalizou cruzado, tirando tinta da trave. E no último ato do primeiro tempo, a Dinamarca quase ampliou com Harder. Ela dominou na meia-lua e tentou bola rasteira perigosa.
Banho de água fria
A etapa final seguiu o mesmo enredo dos 45 minutos iniciais. O Brasil continuou controlando o jogo e dominando as dinamarquesas. Porém, o esquadrão comandado pela técnica Pia Sundhage não estava mesmo com a pontaria em dia. Em jogada pela direita, Adriana cruzou para Kerolin, livre na área, chutar por cima da meta de Christensen e desperdiçar a chance. Querendo jogo, Adriana dominou na entrada da área, limpou a marcação e chutou fraco para defesa da goleira adversária.
Com 11 minutos no relógio, foi a vez Bia Zaneratto chamar a responsabilidade. A atacante palmeirense chutou rasteiro da entrada da área e fez Christensen se esticar toda para espalmar. No rebote, Debinha evitou a saída e cruzou para Bia aparecer novamente, cabecear e ver Ballisager afastar e evitar o gol brasileiro. Sem desanimar, o Brasil seguiu incomodando. Aos 41, Debinha conseguiu empatar e dar fôlego ao Brasil. Porém, a alegria durou pouco. Aos 45, Gejl estufou as redes e decretou a derrota verde-amarela.
O que vem por aí
A preparação verde-amarela para a Copa América, que começa em julho, segue a todo vapor. O próximo desafio da técnica Pia Sundhage e da Seleção Brasileira será na terça-feira (28/6), quando visita a Suécia, às 13h30, em Estocolmo.
O torneio continental é parte vital do trabalho da Seleção, pois garante três vagas diretas na Copa do Mundo Fifa, que será disputada na Austrália e Nova Zelândia, em 2023. O título garante, ainda, classificação aos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Maior campeão sul-americano, o Brasil buscará o oitavo título e inicia a caminhada no Grupo B, ao lado de Peru, Venezuela, Uruguai e Argentina.
Ficha técnica
DINAMARCA - 2
Christensen; Svava, Sevecke (Kühl) e Ballisager; Troelsgaard (Gejl), Junge-Pedersen, Veje e Madsen (Gevitz); Harder, Bruun (Nadim) e Thomsen (Thrige Andersen). Técnico: Lars Sondergaard
Gols: Thomsen e Gejl
BRASIL - 1
Lorena; Letícia Santos (Kathellen), Tainara (Thaís Ferreira), Rafaelle e Fê Palermo; Duda Santos, Luana (Angelina), Adriana (Ary Borges) e Kerolin; Debinha e Bia Zaneratto. Técnica: Pia Sundhage
Gol: Debinha
Local: Parken Stadium, em Copenhague (DIN)
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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