A muralha funcionou

Eficiente nos bloqueios, China bate Brasil no adeus da Seleção masculina à capital na primeira semana da Liga das Nações. Tietado pelos fãs no Nilson Nelson, time de Renan Dal Zotto parte rumo à Bulgária para a segunda semana de jogos na competição

Arthur de Souza
postado em 13/06/2022 00:01
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Depois da derrota para os Estados Unidos no sábado, a Seleção Brasileira de vôlei jogou, ontem, sua última partida no Distrito Federal na primeira semana da Liga das Nações masculina. O time do técnico Renan Dal Zotto enfrentou a China, que ainda não havia vencido na competição. Em um jogo apático, o Brasil foi superado pelos asiáticos por 3 sets a 0, parciais de 25/23, 31/29 e 25/23. O camisa 22 da China, Zhang J.Y., foi o grande destaque, com 25 pontos. A seleção agora foca nos treinamentos para a próxima sequência de jogos da competição internacional, na Bulgária. O time verde e amarelo vai encarar a Polônia no próximo dia 22.

Eficiente nos saques pelo lado brasileiro, o central Lucão comentou sobre a semana de jogos em Brasília. "Acho que a gente começou bem (com as duas vitórias). No jogo contra os EUA, faltou assimilar que era uma derrota que poderia acontecer no campeonato", confessou. "Já um revés igual a esse (para a China) vai ficar pesado, porque contávamos com o resultado positivo. Daqui pra frente vai ficar mais difícil ainda, então, não poderia acontecer", ressaltou.

O central reconheceu que faltou um pouco de fundamentos, saque e bloqueio. "Foram as duas coisas que a gente fez bem nos jogos que ganhamos. Nas derrotas, realmente faltou um pouco de ritmo na questão da quebra de passe e, hoje em dia, com qualquer equipe, se não conseguir essa quebra, fica difícil jogar", destacou. Mesmo com a derrota de ontem, Lucão considerou que algo positivo pode ser tirado para a sequência da competição. "Serve de aprendizado. O grupo está com uma garotada nova que está entrando e pegando 'pedreiras' logo de cara. Se tem algo de bom nisso, é que é gostoso, para eles saberem como funcionam as coisas", afirmou.

Um dos representantes da nova geração é o ponta Rodriguinho. Para o camisa 11, a Seleção não conseguiu ditar o ritmo que precisava durante a partida contra a China. "A gente vinha em uma boa crescente durante os jogos e, hoje, acabou dando uma baixada", considerou Rodriguinho. Sobre fazer parte da reformulação do elenco, ele disse ser algo muito importante. "Este é o primeiro ano do grupo e acho que ainda temos muita coisa para aprender juntos. Foram os primeiros jogos (da Liga das Nações), temos que colocar a cabeça no lugar e saber o que erramos para seguir até o final do campeonato", reforçou.

Em relação ao público que acompanhou os jogos em Brasília, Rodriguinho fez só elogios. "Foi muito bacana, o pessoal acolheu muito bem o grupo. Desde que a gente chegou ao hotel, já tinha gente para nos receber, assim como em todas as vezes que voltamos de um jogo tem alguém esperando, seja para tirar uma foto ou pedir um autógrafo. Fico muito feliz por isso", comentou o ponteiro.

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