O meio-campista do Internacional, Edenilson, foi às redes sociais para se manifestar sobre o laudo da leitura labial do Instituto-Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul, no suposto caso de injúria racial por parte do lateral-direito do Corinthians, o português Rafael Ramos.
No Instagram, Edenilson atualizou o seu nome para Macaco Edenilson Andrade dos Santos e apagou todas as publicações. Ainda na rede social, ele protestou dizendo que o combate contra o racismo “é desleal, é uma luta inconclusiva”.
“Não iriam nos calar? Já nos calaram. Se ofendidos aceitem, engulam a seco. Finjam que não escutaram, é uma luta desleal, é uma luta inconclusiva", compartilhou o jogador.
Laudo da perícia
O laudo de 40 páginas da leitura labial do caso foi elaborado pelo IGP e encaminhado à 2ª Delegacia de Porto Alegre, responsável pela investigação. O documento oficial concluiu que “é impróprio afirmar o que foi proferido pelo jogador na cena questionada.
A análise também está sendo realizada na corte esportiva. Em dias diferentes, Rafael Ramos e Edenislon prestaram depoimentos no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e sustentaram as versões anteriores.
Relembre o caso no Beira-Rio
No duelo entre Internacional e Corinthians, em 14 de maio, no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, Edenilson e Rafael Ramos dividiam o lance, quando o jogador Colorado informou ao árbitro Bráulio da Silva Machado a suposta injúria racial por parte do lateral português. O relato foi parar na súmula da partida e Ramos foi detido em flagrante e precisou pagar fiança ainda na noite do ocorrido.
"Aos 31 minutos do segundo tempo, no momento em que a partida estava paralisada, fui informado [por Edenilson] que seu adversário [Rafael Ramos], havia proferido as seguintes palavras para ele: 'Foda-se, Macaco'. Neste momento paraliso a partida e chamo os jogadores envolvidos para relatarem o que havia acontecido. Rafael Ramos afirma que houve um mal-entendido devido ao seu sotaque (português) e diz ter proferido as seguintes palavras: 'Foda-se, caralho'", diz o documento oficial do jogo.
Nas redes sociais, Edenilson afirmou que “sabe o que ouviu” e, em outros momentos, comentou e protestou o caso. Do outro lado da história, Rafael Ramos sustenta a versão de que é um mal-entendido e informou não saber que a expressão “macaco” é um termo racista no Brasil.
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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