Dezesseis camisas pesadas e oito confrontos de tirar o fôlego. Essa é a melhor definição do chaveamento das oitavas de final da Copa do Brasil, definido, ontem, em sorteio realizado na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro. Com direito a seis clássicos — quatro deles em âmbito regional e dois interestaduais —, as bolinhas definiram o caminho dos 16 clubes vivos em busca do título nacional e estabeleceram o mata-mata mais imprevisível e aguardado dos últimos anos da competição.
O resultado final do sorteio onde todos os times envolvidos poderiam se enfrentar saiu melhor que o previsto e brindou em cheio o mata-mata nacional. Do Nordeste ao Sul do país, a promessa é de jogos muito quentes. Os quatro representantes paulistas, por exemplo, encaram clássicos logo de cara: Corinthians x Santos e São Paulo x Palmeiras definem quem avança para a final. Em solo goiano, a rivalidade fica no duelo entre Atlético-GO x Goiás. O torcedor cearense também deve testemunhar jogos de alta voltagem entre Fortaleza x Ceará.
Mesmo não sendo confrontos entre times do mesmo estado, as partidas entre Atlético-MG x Flamengo e Fluminense x Cruzeiro carregaram longas histórias de grandes disputas interestaduais. América-MG x Botafogo é outro duelo que irá opor toda a tradição do futebol de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. O jogo de proporções mais longínquas na segunda fase da Copa do Brasil será Bahia x Athletico-PR, dois times de extrema tradição em seus estados.
Logo após as bolinhas decidirem os destinos, os torcedores entraram em polvorosa com a quantidade de confrontos pesados. E elementos extras ampliam a animação. Os clássicos paulista (São Paulo e Palmeiras), cearense e goiano irão reeditar finais estaduais da temporada 2022. Flamengo e Atlético-MG fazem tira-teima da Supercopa. Antes do jogo de ida, as equipes ainda se enfrentam pelo Brasileirão. Há também quem tenta revanche de eliminações passadas para os rivais, casos de Flu, em 2019, Bahia, em 1992 e 2001, e Corinthians, em 2015.
Peso financeiro
Antes mesmo de a bola rolar, é possível prever a queda de gigantes bem longe da final da Copa do Brasil. Dono do status de competição mais rentável financeiramente do futebol brasileiro, o torneio mata-mata do calendário nacional enche os cofres de quem vai avançando de fase. O campeão da disputa, por exemplo, pode abocanhar a bolada de R$ 60 milhões. As equipes de camisas mais pesadas costumam "contar" com os valores de etapas mais agudas. Este ano, porém, várias devem ficar vendo navios.
O pix para os clubes jogarem as oitavas de final da Copa do Brasil, por si só, já é bastante pomposo: cada um dos participantes desta fase abocanhou R$ 3 milhões como premiação. Quem avançar às quartas de final pode contar com mais R$ 3,9 milhões. Apesar da importância da grana no planejamento orçamentário, ir longe na Copa do Brasil traz sentimento de honra ao torcedor. E em uma etapa recheada de clássicos, avançar eliminando um rival de porte valerá ainda mais por todo o país.
*Estagiário sob a supervisão
de Danilo Queiroz
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