Quatro anos após integrar profissionalmente a NFL pela última vez, o jogador Colin Kaepernick pode, enfim, retornar à liga de futebol americano. O quarterback treinou com o Las Vegas Raiders, na última quarta-feira (25/5), como uma espécie de teste para uma possível contratação. As informações foram obtidas pela ESPN estadunidense.
O atleta, que já foi considerado como uma das estrelas do campeonato, não teve o contrato renovado com o San Francisco 49ers — time que integrou desde 2011 — após a temporada de 2016/2017, quando passou a protestar contra a violência policial em abordagens a pessoas negras nos EUA. Durante toda a última temporada em que jogou, Colin se ajoelhou durante o hino nacional para protestar contra a injustiça racial.
Ele também não foi procurado por nenhum outro time durante todo o período de entressafra, em 2017. O último contato profissional de Colin feito na sede de um time foi em maio de 2017, quando o Seattle Seahawks o convidou para uma visita, mas não ofereceu um contrato.
O deserto de oportunidades para o quarterback levou comentaristas esportivos a afirmarem que o caso se tratava de uma batalha da NFL contra o atleta, motivada pela atuação do jogador em movimentos raciais, seguida dos protestos contra os casos que chocaram os EUA naquele ano.
A expectativa da mídia esportiva internacional é de que há grandes chances de uma possível contratação, já que o pai do proprietário do Las Vegas Raides, Mark Davis, foi o primeiro a dar oportunidades para atletas negros.
Al Davis, quando comandava o Raiders, fez a contratação do primeiro treinador negro da NFL, Art Shell; e o primeiro a contratar um quarterback negro, Eldridge Dickey. Ele também foi o primeiro a contratar uma mulher como executiva-chefe de um time que compõe a NFL, a Amy Trask.