DOPING

Tandara vê pena como 'injusta e desproporcional'

Condenada pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD) a quatro anos e suspensão pelo uso de Ostarina, a oposta Tandara Caixeta falou, ontem, pela primeira vez sobre o caso. Nas redes sociais, a jogadora de vôlei lamentou a decisão e anunciou que irá recorrer da pena.

No comunicado, Tandara reafirmou estar sendo condenada por algo que não fez. Para a oposta, o entendimento do TJD-AD "é incompatível com a melhor jurisprudência internacional". A jogadora diz ter provas de que não consumiu a Ostarina. "A punição foi injusta, desproporcional e precedida de um estranho vazamento de um processo que deveria ser sigiloso", disse a oposta.

"Essa condenação é, particularmente, difícil para mim porque estou sendo condenada por algo que não fiz. Vamos recorrer ao Plenário para que a justiça seja, de fato, reestabelecida. Respeito, mas não concordo com essa decisão. Lutarei, como sempre fiz, para provar minha inocência", garantiu a atleta de Brasília.

Como a punição é retroativa à data da coleta, feita em julho de 2021, a oposta de 33 anos está impedida de jogar até julho de 2025, quando terá 37 anos. Após a punição no TJD-AD, Tandara ainda pode recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), na Suíça. Se o gancho de quatro anos for ratificado, ela perderá os Jogos Olímpicos de Paris-2024.

"Eu sempre fui movida a desafios e enfrentei muitas situações adversas durante a minha vida. Nunca me pronunciei abertamente sobre o caso do doping porque estava determinada a provar minha inocência, e ainda estou", destacou Tandara, campeã olímpica com a Seleção Brasileira em Londres-2012.