Brincadeira de criança ou competição de gente grande? Qual é a dimensão de uma final mundial de aviãozinho de papel? Nesta sexta-feira (13/5) e sábado (14/5), três brasileiros colocam o tradicional passatempo em outro patamar, na disputa do Red Bull Paper Wings, a competição internacional de aviões de papel, em Salzburg, na Áustria.
Pedro Capriotti, 19 anos, Isaac Leite, 19, e Nicole Straub, 20, serão os responsáveis por carregar a bandeira brasileira entre 62 países na decisão pelo título mais importante da modalidade. Os três são universitários, mas fazem questão de conciliar os estudos com a preparação para as diversas competições.
Estudante de nutrição, Isaac se credenciou à final após fazer o aviãozinho percorrer a distância de 40,3 metros. Futuro engenheiro elétrico, Pedro manteve a sua aeronave de papel voando por 7s61, o suficiente para garantir sua passagem para a decisão na Áustria.
"Eu procurei estudar muito, mas tudo que eu encontrava era sobre distância, e não tempo de voo. Por isso eu decidi fazer o meu próprio formato de aviãozinho", conta Pedro. "Curti cada momento, desde Londrina até aqui, no Rio, e agora vou representar o Brasil com toda seriedade, mas mostrando que o País é alegre", conta Isaac.
Estudante de negócios digitais, Nicole Straub compete por uma categoria onde se classificou de modo 100% online, ao gravar vídeos e postar nas redes sociais. As manobras da brasileira agradaram aos jurados e ela teve o passaporte carimbado para a disputa internacional.
A competição é dividida em categorias: maior distância e tempo de voo, que consistem em arremessar o aviãozinho para voar o maior tempo e maior distância possível. E não poderia ter lugar melhor para a disputa do título mundial. O aeroporto de Salzburg terá as pistas dos Hangar-7 estendidas para os melhores arremessadores de aviões de papel do planeta.
Os vencedores das duas categorias se juntarão ao campeão da categoria Acrobacia, disputada em formato online, com o resultado divulgado ao final de maio.
O Red Bull Paper Wings desembarca para sua sexta edição, envolvendo 62 países que movimentaram mais de 405 qualificatórias pelo mundo. No Brasil, foram 20 etapas por todo o país, com mais de 2.500 inscritos. A bandeira verde-amarela já subiu ao lugar mais alto do pódio duas vezes: em 2006, com Diniz Nunes, e em 2019, com Leonardo Ang, ambos na categoria tempo de voo.
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima