Apesar de meses de rumores e especulações que o colocaram muito perto do Real Madrid, Kylian Mbappé acabou decidindo renovar com o Paris Saint-Germain até 2025.
"Tenho boas notícias": poucos minutos antes do início da última partida do campeonato contra o Metz, o presidente do Paris Saint-Germain, Nasser Al Khelaifi, provocou ainda mais a euforia dos torcedores no Parque dos Príncipes e depois oficializou a renovação do astro francês.
A notícia havia vazado algumas horas antes para a imprensa e importantes meios de comunicação franceses e espanhóis já haviam adiantado a decisão de Mbappé.
Juntamente com Al Khelaifi, o próprio Mbappé subiu ao pódio montado para a ocasião antes do jogo contra o Metz e se dirigiu brevemente aos fãs.
"Estou muito feliz por ficar na França, em Paris, na minha cidade. Espero continuar fazendo o que mais gosto, jogando futebol e ganhando troféus", disse.
A curta cerimônia de três minutos oficializou à informação que circula na imprensa e serviu de complemento perfeito para uma noite festiva no Parque dos Príncipes, onde o PSG se despediu de uma temporada em que conquistou o décimo título na liga francesa.
De acordo com diversos meios de comunicação, Mbappé havia comunicado sua decisão ao presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, que já havia tentado adquirir o atacante há um ano, sem sucesso.
O presidente da Liga espanhola, Javier Tebas, não escondeu sua revolta em uma mensagem no Twitter: "O que o PSG vai fazer renovando Mbappé com grandes quantias de dinheiro (sem saber onde e como ele as paga) depois de registrar perdas de cerca de 700 milhões de euros (739 milhões de dólares) nas últimas temporadas e ter mais de 600 milhões de euros (633 milhões de dólares) em salários é um INSULTO ao futebol (presidente do PSG, Nasser) Al Khelafi é tão perigoso quanto a Superliga".
A Liga espanhola anunciou horas depois que vai apresentar uma "denúncia" contra o Paris Saint-Germain para defender "o ecossistema econômico do futebol europeu e a sua sustentabilidade", perante a Uefa, as autoridades administrativas e fiscais de França e perante os órgãos competentes da União Europeia.
Por fim, Kylian Mbappé, nascido há 23 anos em Bondy (perto de Paris), optou pela continuidade e por ser fiel ao clube que o contratou em 2017, "quando ainda não era ninguém", segundo as próprias palavras do jogador em maio de 2021.
Reviravolta
Depois de mais uma temporada excepcional, mas manchada pelo PSG pela eliminação justamente contra o Real Madrid nas oitavas de final da Liga dos Campeões, Mbappé teria obtido as garantias esportivas que pediu para ficar e seria colocado no "centro do projeto".
Os torcedores do PSG chegaram a temer a saída de Mbappé do time, pois a imprensa supôs por muito tempo que o craque da seleção francesa acabaria se juntando ao seu compatriota Karim Benzema no ataque do Real Madrid.
O clube merengue viveu um otimismo durante muito tempo. O seu presidente Florentino Pérez tinha proposto contratar este 'galático' como símbolo da nova fase do clube, que procura um novo ídolo de primeira linha desde a saída de Cristiano Ronaldo em 2018.
Segundo a imprensa, Mbappé se tornará o jogador do PSG com maior salário, superior aos de Lionel Messi e Neymar.
O adeus de Di María
Mbappé chegou ao PSG em 2017, quando tinha apenas 18 anos, vindo do Monaco, numa transação que alcançou o montante de 180 milhões de euros (190 milhões de dólares).
O craque quase se sagrou campeão da Liga dos Campeões em 2020, quando o PSG chegou à final, mas perdeu por 1 a 0 para o Bayern de Munique, em Lisboa. Mbappé chegou com problemas físicos àquela final na capital portuguesa.
Resta agora definir detalhes sobre o elenco do Paris Saint-Germain para a temporada 2022-2023. Alguns pesos pesados vão deixar o time, como o argentino Ángel Di María, que depois de sete anos que fizeram dele o jogador com mais assistências da história do clube, deixa o PSG no final desta temporada.
"Ángel Di María fez história no clube", disse o presidente Al Khelaifi em comunicado do clube divulgado na sexta-feira.
A outra grande questão sobre o PSG na próxima temporada diz respeito ao futuro do técnico argentino Mauricio Pochettino, que tem contrato até 2023, mas pode deixar o cargo após a decepção da última Liga dos Campeões.
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