Velocidade, comprometimento tático e versatilidade. Esses são atributos indispensáveis para um jogador profissional. Para chegar ao êxito, equipes, treinadores e atletas ousam e se adaptam. Cientes disso e com grandes objetivos para a temporada, Palmeiras, Corinthians e Flamengo adotam a estratégia na tentativa de surpreender com Danilo, Du Queiroz e Willian Arão, volantes de origem que podem ser considerados "coringas", as cartas na manga dos técnicos portugueses.
Embora tenham filosofias diferentes, os lusos Abel Ferreira, Vítor Pereira e Paulo Sousa mostram um elo entre as convicções: os volantes ofensivos. No Corinthians, os "cães de guarda" artilheiros costumam dar as caras de tempos em tempos. Com Mano Menezes, era Elias. Na Era Tite, Paulinho desempenhava a função. Agora, chegou a hora de uma cria do Terrão. Em agosto, o técnico Sylvinho foi o responsável por alçar Du Queiroz ao profissional. Porém, é sob a mentoria de Vítor Pereira que o jovem desabrocha.
Em meio a três competições, fôlego e experiência são primordiais. Disposição o volante tem de sobra. Rodagem ele vem adquirindo sem se intimidar com adversários e ambientes de pressão. São 24 jogos disputados, 11 deles pela Série A e Libertadores, principais objetivos do clube. Com 17 desarmes e 86,5% nos passes, ele se credencia como um dos pilares do time. Na quarta-feira, Du marcou o primeiro gol como profissional contra o Boca Juniors, em plena La Bombonera. A rede estufada reforça o amadurecimento do volante.
No elenco bicampeão da América, o destaque veste a camisa 28. Na terceira temporada da carreira, Danilo é um dos intocáveis, ao lado do trio composto por Dudu, Rony e Raphael Veiga. A consistência defensiva e o excelente aproveitamento no campo adversário geraram pedidos públicos pela convocação dele para Seleção Brasileira. Com o gol de ontem, chegou ao sexto no ano. Ainda tem uma assistência em 23 jogos. O suficiente para o técnico Tite dar uma chance ao palmeirense de 21 anos.
Pouca idade e futebol de gente grande. Vestir a amarelinha será mais um feito para a meteórica carreira de Danilo. Em 2020, foi o caçula do time na decisão da Libertadores contra o Santos. Mais maduro, no ano passado, trilhou o mesmo caminho e saboreou mais uma conquista continental. Agora, o foco por mais taças pelo Verdão.
Diferentemente dos colegas de posição, Willian Arão tem mais bagagem. Na atual temporada, o campeão da Libertadores de 2019 vive uma gangorra, com irregularidades, mas pode ser considerado um dos trunfos do Flamengo de Paulo Sousa. Ora zagueiro, ora volante, ele soma 24 exibições. As bolas na rede estão virando rotina.
São cinco gols, três nos últimos dois jogos, além de duas assistências. Na função de cão de guarda, ele segue a cartilha, com 88% de aproveitamento nos passes, além de 2,05 roubadas de bola por partida. Para afastar de vez as críticas e ajudar o Flamengo na sequência continental e tirar a equipe da parte de baixo da tabela do nacional, é preciso que as boas atuações sejam mantidas.
*Estagiário sob a supervisão
de Danilo Queiroz
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