O Conselho Nacional de Ética (CNE) da Federação Francesa de Futebol (FFF) pediu ao jogador do Paris Saint-Fermain Idrissa Gana Gueye que dê explicações sobre supostamente ter se negado a usar uma camisa com as cores da bandeira LGBTQIA+, apurou nesta quarta-feira (18/5) a AFP.
O meia senegalês deverá esclarecer se são "infundadas" ou não as acusações que recebeu nos últimos duas sobre ter se negado a participar da ação simbólica do futebol francês contra a homofobia.
O canal RMC informou no domingo que Gueye não jogou com o PSG contra o Montpellier no sábado para não ter que vestir a camisa com elementos nas cores do arco-íris, símbolo da comunidade LGBTQIA+.
A iniciativa fazia parte de uma campanha conjunta das 20 equipes da primeira divisão para a 37ª rodada do Campeonato Francês, para a celebração do Dia Internacional contra a Homofobia e a Transfobia, em 17 de março.
Gueye não jogou contra o Montpellier e não estava lesionado, como informou o treinador do PSG, Mauricio Pochettino.
"Esta ausência (...) foi amplamente interpretada como uma negativa a participar nesta operação de sensibilização e de luta contra as discriminações", escreveu o CNE, que não tem poder disciplinar.
"Ou essas suposições são infundadas e o convidamos sem demora a se expressar para acabar com esses rumores, ou esses rumores estão certos. Neste caso, pedimos ao jogador que seja consciente do alcance de seu gesto e do gravíssimo erro cometido", escreveu Patrick Anton, presidente do CNE.
O CNE sugeriu a Gueye que sua respsta venha "acompanhada" de "uma foto usando a camisa em questão".
"Recusar-se a participar desta operação coletiva valida os comportamentos discriminatórios, nega o outro, e não somente vai contra a comunidade LGBTQI+", acrescenta o texto do CNE.
No ano passado, na rodada dedicada à luta contra a homofobia, Gueye não entrou em campo alegando que estava com gastroenterite.
O presidente do Senegal, Macky Sall, se solidarizou ontem no Twitter com o jogador e pediu respeito às "crenças religiosas".
Saiba Mais
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.