Um clássico regional tem força suficiente para transformar o ambiente dentro de clube de futebol. Ontem, os 54 mil torcedores presentes em Flamengo e Botafogo, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, viram de perto os distintos cenários provocados por um confronto regional. Vencedor do duelo, por 1 x 0, o Glorioso fez a alegria de cinco mil alvinegros e colheu na capital federal esperança para a sequência do trabalho de Luís Castro. Derrotado, o rubro-negro frustrou a maioria das arquibancadas da arena e viu o ambiente ficar ainda mais pressionado para os próximos dias.
O roteiro do Flamengo de Paulo Sousa no clássico de Brasília foi o mesmo de vários outros jogos no Rio de Janeiro contra os rivais cariocas. O time rubro-negro teve volume de jogo, criou chances — várias importantes defendidas por Gatito, uma na trave e outra na rede anulada por impedimento de Gabigol bastante questionado —, mas pecou no momento de definir o clássico, tomou um gol com requintes de erros defensivos e não conseguiu correr atrás do prejuízo. O Botafogo, por sua vez, foi fiel aos seus conceitos, contou com intervenções cirúrgicas de Luís Castro e encerrou um jejum de três anos contra adversário local.
O gol único de Erison, marcado em chute de longe em que os rubro-negros julgaram como falha do goleiro Hugo, colocou o Botafogo na parte de cima da classificação da Série A do Campeonato Brasileiro. Artilheiro do time, o camisa 89 se derreteu aos alvinegros de Brasília. "Essa vitória é muito importante para todos. Vínhamos fazendo bons jogos e é mérito de todos. Não tem como não correr para comemorar com essa torcida maravilhosa, que só nos apoia", destacou o alvinegro.
No Flamengo, mais um resultado negativo foi motivo de lamentação. Apontado como favorito ao título, o rubro-negro sofre sem um padrão de jogo. Agora, o time está mais próximo da zona de rebaixamento do que do grupo dos quatro primeiros colocados do Brasileirão. David Luiz, protagonista de duas chances no fim do clássico, lamentou a falta de pontaria do time. "A gente teve uma proposta muito mais ofensiva, de tentar fazer o gol. Infelizmente, não conseguimos. É continuar trabalhando, não fizemos um jogo de todo ruim", ressaltou.
Na primeira edição do clássico entre rubro-negros e alvinegros na capital federal, o torcedor brasiliense experimentou toda a montanha-russa que uma partida deste tamanho pode proporcionar a curto prazo. Esperançosos com o novo momento do Botafogo, os torcedores do Glorioso deixaram o Mané Garrincha mais empolgados com o futuro do clube na temporada 2022. Os flamenguistas, porém, conheceram o lado oposto da sensação e aguardam os próximos dias para conhecerem o que, de fato, o revés contra o rival provocará no clube.
* Estagiário sob a supervisão
de Danilo Queiroz
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