A manhã do domingo de Dia das Mães foi de comemoração para o Botafogo. No Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, o Glorioso teve uma estratégia efetiva e venceu a primeira edição do clássico carioca contra o Flamengo na capital federal por 1 x 0. Na coletiva de imprensa, o técnico português Luís Castro comemorou o resultado, mas manteve os pés no chão. O apoio da torcida alvinegra na arena candanga também recebeu elogios do treinador.
Castro não diminuiu a importância do resultado que quebrou um jejum de três anos sem triunfos do Botafogo sobre o Flamengo. Entretanto, o português salientou que o trabalho da comissão técnica com o elenco está dando apenas os primeiros passos. “Estamos no início, o caminho é muito perigoso, somos uma equipe com oscilações. Um trabalho de construção tem avanços e recuos porque as coisas não estão consolidadas”, afirmou o treinador alvinegro ao Correio.
Para ele, o Botafogo ainda não é uma equipe totalmente consolidada no modelo de jogo proposto, mas em evolução. “Perdemos o controle total da partida nos últimos cinco minutos e uma equipe estável não faz isso. Portanto, é continuar para seguir bem, não entrar em euforias e perceber que é um grande dia por ser uma vitória sobre uma grande equipe. Mostrar que podemos ser uma grande equipe no futuro”, observou o português.
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Na própria partida, inclusive, o Botafogo mostrou avanços e dificuldades. No primeiro tempo, o alvinegro sofreu com o atacante rubro-negro, principalmente com a velocidade de Bruno Henrique. O Flamengo chegou a fazer um gol com Gabi, mas o lance foi anulado por impedimento do atacante rubro-negro. Após o intervalo, o Glorioso voltou mais consistente em termos defensivos. E Luís Castro destacou a importância da pausa entre os dois tempos para corrigir a postura da equipe.
“O intervalo serve sempre para pequenas ratificações do espaço entre os meias. A linha tinha que estar mais alta e ser mais agressiva. Tinha que ter mais coragem para permitir que nossos homens conseguisse chegar mais à frente e, também, proteger um pouco mais o nosso lado direito. Falamos ainda de uma coisa sempre decisiva no jogo: coragem e ambição de ganhar. Para não perdermos o foco. No futebol, tudo é possível, desde que nos entreguemos com convicção naquilo que fazemos”, discursou.
Vibração por Brasília
A vitória contra o Flamengo foi a segunda em Brasília em um espaço de 20 dias. Em 20 de abril, na terceira da Copa do Brasil, o Botafogo atuou no Estádio Nacional Mané Garrincha e venceu por 3 x 0. A partida de volta entre o Glorioso e o Gato Preto, inclusive, será na quinta-feira (12/5), às 21h30, no Nilton Santos. Luís Castro ressaltou a importância de fazer uma boa apresentação na arena que carrega uma homenagem a um dos maiores ídolos do clube alvinegro e do futebol mundial.
“Jogar no Mané Garrincha tem grande significado para nós. É um grande ídolo do clube e sempre vai estar na história. Não é só para o Botafogo. É para o Brasil. Um ídolo marcante do futebol mundial. Temos que respeitar todos que foram grandes figuras em todas as áreas da sociedade e ele foi importante no futebol. O jogo em si significa uma vitória e três pontos. Se percorremos o caminho com rigor, podemos conquistar coisas boas”, alertou.
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