Não há nada mais poderoso que o amor, principalmente o de mãe. Não dá para fugir disso. Afinal, os primeiros gestos de carinho e ternura vêm delas. Em todas as áreas da vida, as progenitoras cuidam, mimam e instruem para os melhores caminhos. Em muitos casos, também são elas a despertarem outras grandes paixões, como o futebol. Quando pequenos, o time do coração é, antes de tudo, o da família. O do pai e, claro, o da mãe. O clássico entre Flamengo e Botafogo, hoje, às 11h, no Estádio Mané Garrincha, não poderia ter data mais especial para desembarcar no coração do país e das mamães do Distrito Federal. A partida no dia delas será prato cheio de emoções, dentro e fora de campo.
Entre os cerca de 55 mil espectadores que comparecerão ao Mané, estão duas mamães apaixonadas pela família, pelos filhos e por Flamengo e Botafogo. O coração rubro-negro de Vânia Nogueira, 58 anos, baterá mais forte quando a bola rolar. A administradora acompanhará o clássico com os filhos Hugo, 33, herdeiro do amor flamenguista, e o caçula Inácio, 12, escolhido pelo estrela solitária do Botafogo.
A emoção também será a tônica para a alvinegra Andressa Struck, 37. Ela assistirá uma partida do Glorioso em Brasília pela segunda vez no ano — a primeira foi na vitória por 3 x 0 sobre o Ceilândia. Porém, desta vez, a botafoguense não poderá dividir as alegrias de um dia de jogo com os filhos. A microempreendedora não conseguiu adquirir ingressos para eles e, ao lado do marido, ficará entre a felicidade do confronto e a tristeza por não compartilhar do momento com os descendentes.
Embora estejam de lados opostos, Vânia e Andressa têm costumes parecidos. As duas gostam de reunir a família em dia de jogos. Hoje, a flamenguista espera um domingo mais do que especial. "Estar ao lado dos meus filhos nesse clássico terá um tempero especial. A ocasião tem tudo para se tornar mais especial por ser o domingo dedicado às mães", ressalta.
Pelo lado alvinegro, as expectativas também são boas, mas a ausência das crias é o que aperta. "O coração fica disparado. Um clássico sempre tem um gostinho especial e sendo aqui em Brasília fica mais ainda emocionante. O que falta mesmo é a companhia dos filhos", compartilha a botafoguense.
Amor à camisa
Carioca, Vânia nasceu em uma família quase totalmente tomada pelo time da Gávea e tratou de plantar o amor rubro-negro no filho mais velho. "Minha torcida pelo Flamengo surgiu de forma espontânea. Cresci em uma família quase que 100% flamenguista. Adoro futebol de maneira geral e ir ao estádio é simplesmente sensacional", partilha.
O filho rubro-negro explica de onde veio o sentimento pelo Flamengo. "Começou pela minha mãe e a família ajudou para que esse amor se firmasse. Somos todos rubro-negros com muito orgulho", diz Hugo. O analista de comunicação digital compartilha que a ideia de ir ao clássico veio justamente da matriarca. "Estávamos pensando no lugar que íamos almoçar e, do nada, mensagem da minha mãe: 'vamos ver o clássico no domingo de Dia das Mães?' Topei na hora", conta.
A botafoguense do DF também relata como começou a relação com o time de General Severiano. "Foi quando conheci o meu marido, há 15 anos. Antes, eu nem gostava de futebol. Depois disso, passei a assistir, viajar para acompanhar, ir aos bares e comprar camisas", comenta.
O amor foi passado para os filhos Gabriel, 20 anos, e Milena, 13. A caçula é fanática, canta e vibra. O mais velho, também é alvinegro, mas curte ocasionalmente. Apesar de não poder partilhar do momento com eles, Andressa se apega à segurança. Diante da rivalidade entre Flamengo e Botafogo, o medo por confusão toma conta. Ela espera que seja um clássico pacífico.
No esquenta para a partida, as mamães divergem nas opiniões. Mesmo com o retrospecto recente favorável ao Flamengo, com oito jogos de invencibilidade diante do Botafogo, Vânia prefere ser cautelosa e não arriscar o placar. Otimista, Andressa se apega no momento de renovação do Glorioso e na quebra do jejum para apostar na vitória por 2 x 1.
* Estagiário sob a supervisão
de Marcos Paulo Lima
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