Finalistas da última edição da Libertadores, Flamengo e Palmeiras protagonizaram uma boa partida ontem. O jogo adiantado da quarta rodada do Brasileirão devido à agenda dos dois times na Copa do Brasil terminou, contudo, sem gols, no Maracanã, lotado com quase 70 mil rubro-negros.
O confronto que opôs dois dos postulantes ao título teve bons lances, chances claras, defesas importantes dos dois goleiros, faltas e amarelos em excesso e provocações. Foram componentes de uma partida interessante, mas que terminou sem gols.
Considerando o peso do confronto e qualidade de cada um dos rivais, ninguém saiu descontente do Maracanã. Olhando para a tabela, o Palmeiras, porém, precisava do triunfo, já que tropeçara em seus dois primeiros compromissos no Brasileirão. Soma, agora, dois pontos, longe dos líderes. Mas o atual campeão continental comemora não ter perdido do rival de quem foi algoz em Montevidéu. O Flamengo tem cinco pontos e briga no topo.
Foi bom o clássico no Maracanã. Protagonistas de uma rivalidade que tem crescido, Flamengo e Palmeiras fizeram um jogo franco e à altura de seus valiosos elencos. Os torcedores no estádio — apenas flamenguistas — viram jogadas bem trabalhadas, bons lances, defesas dos dois goleiros e equilibro em campo. Faltaram gols, no entanto.
No primeiro tempo, o Flamengo esteve perto de marcar com Arrascaeta, este duas vezes, e Gabigol. O uruguaio não encontrou o gol em duas chances claras. Na primeira, mandou para fora dentro da área. Na segunda, acertou a trave em arremate da intermediária. O Palmeiras, armado para contra-atacar — mas nem sempre — incomodou com seus três principais jogadores: Raphael Veiga, Dudu e Danilo.
Veiga, em grande fase, saiu na cara de Hugo, mas chutou para fora. Dudu fez bonita jogada individual e arrematou perto do travessão. Danilo, jovem mais talentoso da equipe, obrigou bela defesa de Hugo em conclusão com seu pé ruim, o direito, da entrada da área.
Os cariocas dominaram os paulistas na primeira parte do segundo tempo porque se impuseram. Além disso, o rival passou a errar demais na saída de bola e foi incapaz, naquele momento, de contra-atacar. No entanto, se não conseguiu atacar, o Palmeiras se defendeu com competência das investidas rubro-negras.
Marinho foi a arma que Paulo Sousa lançou para mudar o cenário a favor do Flamengo. Abel Ferreira respondeu ao compatriota com Gabriel Veron. No fim, Weverton salvou o Palmeiras em potente arremate de Willian Arão e Hugo apareceu para cortar cruzamento de Jailson que encontraria a cabeça de Breno Lopes. Sobraram reclamações, provocações e oportunidades de gol.