A região acostumada a ser uma das mais copeiras do futebol nacional passa por um longo período de escassez na Série A do Campeonato Brasileiro. Representado por Athletico-PR, Avaí, Coritiba, Internacional e Juventude na 20ª edição dos pontos corridos, o Sul do país não sabe, há quase 21 anos, o que é chegar ao topo da principal competição nacional. A última vez foi na virada do século, em 2001. O Furacão superou o São Caetano na penúltima edição da elite com final.
Quando nos restringimos à dupla Gre-Nal, o jejum é assustador. O Rio Grande do Sul não comemora título no Brasileirão desde 1996. O Grêmio, dirigido por Luiz Felipe Scolari, conquistou o bicampeonato contra a Portuguesa. Embora tenha sido o último gigante da região a levantar o troféu, o tricolor desfalca a região. Jogará a Série B pela terceira vez. Dono do maior jejum entre os gigantes do país, o Internacional está com o grito de campeão entalado há 43 anos. Campeão em 1979, o Colorado bate na trave rotineiramente. Foi assim em 1988, 2005, 2006, 2009 e em 2020. O clube espera um desfecho diferente em 2022.
Apesar da ausência do Grêmio, a Serra Gaúcha surpreende com o Juventude. O time disputará o Nacional pela segunda vez consecutiva. No ano passado, escapou da degola por três pontos. Dessa vez, mira uma campanha menos sofrida para cumprir a missão de permanecer na elite.
A gangorra de clubes do sul na Série A segue funcionando bem. Assim como na temporada passada, a região terá cinco representantes na primeira divisão. O Paraná volta a contar com a presença do Coritiba. O campeão de 1985 estava na Série B em 2020. O Coxa tem boas expectativas, principalmente pela campanha consistente na segundona. Liderou, mas terminou em terceiro. Em 2022, o trabalho no Couto Pereira começou rendendo bons frutos. A equipe superou o Maringá e conquistou o Paranaense. O Estadual não vinha desde 2017. Sob a batuta do técnico paraguaio Gustavo Moringo, o Coritiba almeja algo além do que a sobrevivência na primeira divisão.
Subindo no mapa do Sul, o Avaí substitui a Chapecoense entre os catarinenses. O Leão da Ressacada foi o dono da última vaga da Série B à elite no ano passado. Às vésperas do início do Brasileirão, o time comandado por Eduardo Barroca encontra dificuldades. Antes de a bola rolar, o clube amargou eliminações nas quartas de final do torneio doméstico e, de quebra, foi surpreendido pelo Ceilândia na segunda fase da Copa do Brasil. A elite é o único compromisso azul e branco até o fim da temporada.
* Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima e Danilo Queiroz
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