Em 2014, a então presidente da República, Dilma Rousseff, anunciou que o Brasil receberia a Copa das Copas do Mundo. Com a devida permissão, podemos adaptar o discurso dela à segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Começa, nesta sexta-feira (8/4), a Série B das Séries Bês. Nunca foi tão complicado disputá-la.
Há seis campeões da elite entre os 20 candidatos não somente ao título, mas, principalmente, às quatro vagas de acesso à primeira divisão de 2023. Juntos, Bahia, Cruzeiro, Grêmio, Guarani, Sport e Vasco ostentam 14 títulos da Série A. O time celeste, o tricolor gaúcho e o Gigante da Colina contabilizam, ainda, seis conquistas da Libertadores. Essas camisas pesadas colecionam péssimos resultados.
Campeão da Série B na Batalha dos Aflitos de 2005, o Grêmio disputa a competição pela terceira vez. Figurou nela pela primeira vez em 1992. Subiu ajudado por uma virada mesa e caiu novamente em 2004. O rebaixamento no ano passado condenou o clube ao terceiro descenso. Guiado pelo ídolo Roger Machado, o Grêmio conquistou o pentacampeonato gaúcho com direito a eliminar o arquirrival Inter na semifinal.
O Vasco virou frequentador assíduo da Série B. Ganhou o título na primeira participação, em 2009, habituou-se a cair e disputa o torneio pela quinta vez — a segunda consecutiva. O clube passa por um processo de transição do modelo associativo para Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Recebe os primeiros investimentos da 777 Partners, inclusive reforços modestos para a competição.
Por falar em SAF, o Cruzeiro emplaca a terceira presença seguida na Série B amparado, agora, pelo investimento de Ronaldo. O Fenômeno resolveu virar sócio majoritário da Raposa e tenta colocar a casa em ordem. A decisão do título contra o arquirrival Atlético-MG foi um ótimo sinal.
Tradicional na Série B, o Nordeste lamenta os retornos do Bahia, campeão nacional em 1959 e 1988, e do Sport (1987), ambos rebaixados no ano passado. Número um do país em 1978, o Guarani brigou para subir em 2021. Amargou o sexto lugar.
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