BRASILEIRÃO 2022

Conheça a força de Ceará, Fortaleza, Atlético-GO, Goiás e Cuiabá

Guia do Correio abre pelos representantes de duas regiões em ascensão: Nordeste ostenta dois times em torneios internacionais. Centro-Oeste chega com trio inédito

Marcos Paulo Lima
Danilo Queiroz
postado em 06/04/2022 00:01 / atualizado em 06/04/2022 12:08
 (crédito: Lucas Emanuel/CBF)
(crédito: Lucas Emanuel/CBF)

Nunca antes na história deste país, os times do chamado baixo clero da Série A do Campeonato Brasileiro estiveram tão em alta. Basta observar com lupa o progresso de duas regiões do país. O Nordeste tem dois clubes na elite. Quarto colocado no ano passado, o Fortaleza se classificou para a fase de grupos da Libertadores. O Ceará disputa a Sul-Americana.

O Centro-Oeste não contava com três representantes na primeira divisão desde 1986, ou seja, no tempo em que o campeonato parecia um coração de mãe. À época, o estado de Goiás foi representado por Atlético-GO e Goiás. Ausente na Série A desde 2005, o Distrito Federal contou com o Sobradinho. Mato Grosso mandou o Operário de Várzea Grande. Mato Grosso do Sul participou com Operário e Comercial. Com a criação da Copa União em 1987, o Goiás virou o único representante do Centro-Oeste no Módulo Verde, uma espécie de Série A daqueles tempos.

  • Análise sobre o Cuiabá no Brasileirão 2022 Reprodução
  • Análise sobre o Ceará no Brasileirão 2022 Reprodução
  • Análise sobre o Goiás no Brasileirão 2022 Reprodução
  • Análise sobre o Fortaleza no Brasileirão 2022 Reprodução
  • Análise sobre o Atlético-GO no Brasileirão 2022 Reprodução

O retorno do Goiás à primeira divisão não surpreende. O time esmeraldino se consolidou como uma espécie de ioiô do futebol brasileiro. Passa um tempo na elite, cai para a segunda divisão, mas raramente demora a voltar. Tem know-how para se estabilizar na prateleira principal do país. Quando caiu, sempre soube o caminho de volta ao topo.

Surpreendentes, mesmo, foram as resistências de Cuiabá e Atlético-GO. O time do Mato Grosso era estreante na Série A e disputará o Nacional pelo segundo ano consecutivo. Em 2021, a equipe esteve condenada à queda na primeira metade da competição e reagiu. O Atlético-GO vem se consolidando como a primeira força do Centro-Oeste. O Dragão disputa a Copa Sul-Americana pela segunda temporada consecutiva. Um dos trunfos dos times da região tem sido os investimentos do setor de agronegócios. O Cuiabá, por exemplo, tem acordo de R$ 2,7 milhões com a Agro Amazônia em troca de espaço publicitário no ombro da camisa, nas placas do Centro de Treinamento e na Arena Pantanal, painéis na sala de imprensa e nas redes sociais.

Fortaleza e Ceará sustentam o Nordeste na primeira divisão com administrações mais modernas e austeras do que a de muitos gigantes do país atolados na segunda divisão. Sem as receitas dos concorrentes do Rio, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, os dois clubes apostam em uma fórmula elementar da economia: gastar menos do que arrecadam. Os pagamentos andam em dia dos cozinheiros às estrelas-guia de cada companhia. O Tricolor do Pici tem outro diferencial. A escolha cirúrgica de seus técnicos. Houve êxito na Era Rogério Ceni. Agora também, com Juan Pablo Vojvoda.

O Nordeste sofreu baixas relevantes na temporada anterior. As quedas do Sport e do Bahia deixaram os estados de Pernambuco e da Bahia fora do mapa da elite na 20ª edição dos pontos corridos.

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