Sydney, Austrália- A australiana Ashleigh Barty, número 1 do ranking da WTA, surpreendeu o mundo do tênis nesta quarta-feira ao anunciar sua aposentadoria do esporte aos 25 anos de idade.
"Hoje é um dia difícil e cheio de emoção para mim ao anunciar minha aposentadoria do tênis", declarou em um vídeo em sua conta no Instagram.
Na mensagem de vídeo chorosa com sua amiga próxima e ex-parceira de duplas Casey Dellacqua, Barty disse estar "agradecida por tudo que esse esporte me deu".
"Estou tão feliz, estou tão pronta e sei no momento em meu coração como pessoa, que isso é o certo. Estou muito agradecida por tudo que o tênis me deu, me deu todos os meus sonhos e mais.
"Mas eu sei que agora é a hora certa para eu me afastar e perseguir outros sonhos e largar as raquetes".
Barty é a número 1 do mundo há mais de dois anos e se aposenta depois de vencer três títulos de Grand Slam de simples – o Aberto da França em 2019, Wimbledon em 2021 e o Aberto da Austrália este ano.
Amplamente vista como uma das tenistas mais respeitados e amadas no circuito, Barty rapidamente se tornou a melhor, com sua vertiginosa variedade de 'slices', serviços precisos e golpes perfeitos.
No final do ano passado, ela ficou noiva do namorado de longa data Garry Kissick, que estava sempre presente na quadra quando ela jogava e muitas vezes postava mensagens de apoio nas mídias sociais.
- Inesperado -
O mundo do tênis recebeu com surpresa o anúncio de Barty, como foi o caso da Associação de Tênis Feminino (WTA).
"Obrigada por ser uma embaixadora incrível para este esporte e para as mulheres em todo o mundo", tuitou a WTA. "Nós vamos sentir tanto a sua falta, Ash".
"Parabéns pela carreira incrível, Ash. Foi um privilégio dividir a quadra com você", escreveu a tcheca Karolina Pliskova, derrotada por Barty na final de Wimbledon no ano passado.
"Minha amiga, sentirei sua falta no circuito. Você era diferente e especial e compartilhamos alguns momentos incríveis", publicou no Twitter a romena Simona Halep, ex-número 1 do mundo. "Seja feliz e aproveite sua vida ao máximo".
"Feliz por Barty, triste pelo tênis", comentou em sua rede social o britânico Andy Murray.
O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, também falou enviou sua mensagem à tenista.
"Quero te agradecer, Ash, por inspirar um país, inspirar uma nação em um momento em que o país realmente precisa", disse Morrison
Barty começou no tênis ainda menina em Brisbane, capital do estado de Queensland, e aos 15 anos foi campeã juvenil em Wimbledon.
Ela então trocou tênis pelo críquete, chegando a jogar o Campeonato Profissional Feminino da Austrália, antes de retornar ao esporte de raquete.
Com seu título histórico em Roland Garros em 2019, ela se tornou a primeira australiana número um do mundo desde Evonne Goolagong-Cawley, que chegou ao topo em 1971.
Antes de Barty, apenas nomes lendários como Chris Evert, Martina Navratilova, Steffi Graf e Serena Williams conseguiram terminar na liderança do ranking WTA por três anos consecutivos.