MARCOS PAULO LIMA
Há quem procure conexões entre o sucesso de clubes e seleções do mesmo país. Esses elos nem sempre existem. França e Itália acabam de mostrar isso. Os atuais campeões da Copa do Mundo e da Eurocopa não terão times nas quartas de final da Liga dos Campeões. As últimas duas esperanças se despediram, ontem, da competição: o Chelsea tirou o Lille e o Villarreal, a Juventus.
Favorita ao bi na Copa do Catar, a França amarga jejum. Apenas um time do país ganhou o título. O Olympique de Marselha na temporada de 1992/1993. O Paris Saint-Germain bateu na trave em 2020. Campeã da Eurocopa há oito meses, a Itália havia testemunhado o adeus da Internazionale diante do Liverpool e hoje ficou boquiaberta com a derrota da toda-poderosa Juventus para o modesto Villarreal, por 3 x 0. A Itália não é campeã da Champions League desde 2010, quando a Internazionale desbancou o Bayern de Munique. Há quem considere zebra, mas o time espanhol esteve nas semifinais da Liga dos Campeões em 2006. Naquela época, o submarino amarelo foi afundado pelo Arsenal.
Sem franceses e italianos, o sorteio de amanhã, às 8h, em Nyon, na Suiça, contará com três clubes ingleses (o atual campeão Chelsea, o vice Manchester City e o Liverpool); três espanhóis (Real Madrid, Atlético de Madrid e Villarreal); um português (Benfica) e um alemão (Bayern de Munique).
Curiosamente, a Itália está fora das quartas de final no momento em que seu campeonato nacional, a Serie A, emenda pelo menos três temporadas consecutivas de altíssimo nível. Foi o mais ofensivo na comparação entre as sete mais badaladas do Velho Continente: registrou 3,06 gols por partida.