O Distrito Federal tirou das costas, na última quarta-feira (2/3), um fardo de 15 anos. A capital do país não emplacava dois times na segunda fase da Copa do Brasil desde 2007. O Ceilândia quebrou o tabu ao eliminar o Londrina-PR por 2 x 0 na primeira rodada do mata-mata nacional. Na semana passada, o Brasiliense havia despachado o Humaitá-AC com empate por 1 x 1.
O início dos times do quadrado nesta edição da Copa do Brasil lembra o de 2007. Naquele ano, o Brasiliense goleou o Barra do Garças por 4 x 1 na primeira fase; e o Gama derrotou o Araguaína por 3 x 1. Ambos avançaram à segunda fase do torneio nacional. Nas edições seguintes, o quadradinho teve no máximo um representante na segunda fase.
A classificação do Ceilândia quebra outros tabus. Times do DF não venciam na competição desde 14 de maio de 2016. À época, o Gama superou o América-RN por 1 x 0, no confronto válido pela primeira fase da Copa do Brasil. A capital amargava uma longa série de 16 partidas sem vitória no torneio.
Desde então, o futebol candango teve cinco representantes diferentes e nenhum havia conseguido vencer. O próprio Ceilândia (2017 e 2018), Luziânia (2017), Brasiliense (2018, 2019, 2020, 2021 e 2022), Sobradinho (2019), Gama (2020 e 2021) e Real Brasília (2021). Todos caíram na primeira fase. O Brasiliense largou na terceira etapa no ano passado como recompensa pelo título da Copa Verde.
O Ceilândia também é o primeiro time do Distrito Federal a avançar como mandante no atual formato, ou seja, jogo único no qual o visitante tem a vantagem do empate. A Copa do Brasil é disputada no atual sistema desde 2017. Eram 10 eliminações consecutivas de times candangos no papel de dono da casa até o triunfo do Ceilândia diante do Londrina.
Os adversários candangos na segunda fase são da Série A. O Ceilândia enfrentará o Avaí. O Brasiliense provavelmente medirá forças com o Internacional. Os campeões de 1992 são favoritos contra o Globo, nesta quinta-feira (3/3), às 21h30, no Rio Grande do Norte.
Prêmio milionário
Com a classificação à próxima fase assegurada, o Ceilândia embolsa R$ 1,3 milhão em premiações — R$ 620 mil pela participação na rodada inaugural e R$ 750 mil pelo triunfo sobre os paranaenses.
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima