FUTEBOL

Após condenação por estupro, Robinho vai à Justiça por patinete elétrico

Agora no Brasil, o ex-atacante do Santos solicitou a liberação do equipamento apreendido em 2021, além do uso irrestrito, mesmo sem regulamentação

Após uma intensa briga judicial nos tribunais da Itália, que não impediu a condenação a nove anos de prisão após ser acusado de estupro, o jogador Robinho vai à Justiça novamente, dessa vez a brasileira. Ele solicitou a liberação de um patinete elétrico apreendido em novembro de 2021 e o direito de usá-lo pelas ruas de Santos (SP) — sem regulamentação.

De acordo com o portal g1, o alvo da ação é o departamento de trânsito da cidade em que Robinho mora atualmente, no litoral de São Paulo. Apesar da condenação, Robinho vive em liberdade por não poder ser extraditado para ser preso, já que é brasileiro. No entanto, ele não pode deixar o país.

Na nova vida no país em que nasceu, Robinho circulava normalmente, em 30 de novembro de 2021, com um patinete motorizado, que se assemelha a uma moto scooter, quando foi abordado pela Polícia Militar, que apreendeu o meio de locomoção após o ex-atacante do Santos dizer que não tinha um registro, além de não apresentar habilitação.

O processo iniciado pelo atleta pede que o veículo seja liberado e usado por ele sem qualquer restrição. O advogado de Robinho defendeu que a apreensão foi feita ilegalmente, assim como a manutenção da apreensão por tempo indeterminado. A defesa afirma que o uso do veículo era uma forma de evitar o transporte público para conter riscos de se contaminar com a covid-19.

Reprodução/Goo Elétricos - Modelo de patinete elétrico de Robinho, um X12 3.000W, é considerado um veículo ciclomotor e deve ter registro no departamento de trânsito brasileiro, o que o ex-jogador não tinha

O caso foi julgado pela juíza Ariana Consani Gerônimo, que decidiu pela liberação do equipamento, mas não atendeu o pedido de que o atleta pudesse usá-lo sem regulamentação.

A justificativa é que, “com a vida de informações, verificou-se que o veículo deve ser tratado como veículo equiparado a ciclomotor", o que demanda um registro junto ao departamento de trânsito de Santos.

Condenado por estupro: Robinho foi derrotado em todas as instâncias judiciais

Em 19 de janeiro, Robinho sofreu a última derrota na Justiça italiana ao tentar se livrar de uma condenação de nove anos de prisão por estupro contra uma mulher albanesa, caso que ocorreu em 22 de janeiro de 2013 em uma boate de Milão. Robinho estava na boate Sio Cafe para comemorar o aniversário com alguns amigos.

A Corte de Cassação de Roma rejeitou o recurso apresentado pelo ex-atacante do Santos e o amigo, Ricardo Falco. O processo chegava, enfim, a uma decisão sólida após seis anos. Durante a caminhada judicial, conversas de Robinho com conhecidos vazaram. Uma delas mostra o jogador falar que “não estava nem aí” com a possibilidade de condenação judicial, e que “a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu”.

Em 2017, ele foi condenado em primeira instância e, em dezembro de 2020, teve a sentença confirmada em segunda instância. O juiz, na época, afirmou que ele e outros amigos presentes no local embebedaram a vítima “a ponto de deixá-la inconsciente e incapaz de resistir” e depois tiveram “relações sexuais várias vezes seguidas” com ela. Para o juiz que deu a sentença, ele agiu com "desprezo especial pela vítima, que foi brutalmente humilhada”.

Em 15 de fevereiro, uma nova decisão dificultou o ir e vir do condenado: o Ministério Público de Milão emitiu uma ordem de prisão internacional contra Robinho. Por esse motivo, ele não pode deixar mais o país, sem sofrer a consequência de ser preso e encaminhado à Itália para cumprir a pena. A Constituição Brasileira não permite a extradição dos cidadãos para outros países.

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