Atolado na quarta divisão do futebol nacional, o Distrito Federal enxerga a Copa do Brasil como vitrine para expor suas marcas e embolsar as recheadas premiações do torneio. Hoje, é a vez de o Ceilândia entrar em cena contra o Londrina, às 21h30, no Estádio Abadião. O confronto é mais uma oportunidade para a capital do país quebrar o incômodo jejum de quase seis anos sem vitórias na competição mais democrática no país.
Vice-campeão em 2021 e dono da melhor campanha na atual disputa do Candangão, o Ceilândia é o responsável por exorcizar esse fantasma. A última vez que uma equipe do DF venceu na Copa do Brasil foi em 14 de maio de 2016. À época, o Gama superou o América-RN por 1 x 0, pelo primeiro jogo da fase inaugural.
De lá para cá, o quadradinho contou com cinco representantes para tentar afastar a assombração no torneio: Ceilândia (2017 e 2018), Luziânia (2017), Brasiliense (2018, 2019, 2020 e 2021), Sobradinho (2019), Gama (2020 e 2021) e Real Brasília (2021). Todos sucumbiram na fase inicial. O ponto fora da curva foi o Jacaré, no ano passado, que pegou um atalho à terceira fase, graças ao título da Copa Verde 2020.
Para fazer bonito, o Gato Preto se apega à oportunidade que não vem desde 2018, quando foi eliminado para o Avaí. O Ceilândia tem, ainda, a chance de repetir o feito de 2006, na única vez em que avançou à segunda fase do torneio. O time eliminou o Bahia dentro da Arena Fonte Nova, no triunfo por 2 x 1.
O retrospecto favorável diante do Londrina é um fator positivo. Nas duas vezes em que encontrou com os paranaenses, o Ceilândia não só venceu, como eliminou os adversários na terceira fase da Série C do Brasileiro.
Melhor ranqueado na CBF, o Londrina joga pelo empate, mas não intimida o técnico Adelson de Almeida. "A nossa postura vai ser de uma equipe que precisa vencer, mas não de qualquer maneira. É um jogo difícil, onde precisamos reverter a vantagem adversária. Vamos buscar essa vitória importante para o Ceilândia e para o futebol de Brasília", promete.
* Estagiário sob a supervisão
de Marcos Paulo Lima