Após realizar muito lobby na tentativa de conseguir apoio para realizar a Copa do Mundo a cada dois anos, a Fifa vai abdicar do projeto. A controversa proposta, que teve forte oposição de entidades continentais, não estará na pauta do congresso marcado para hoje, em Doha, no Catar, sede da edição de 2022 da competição.
Nos últimos meses, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, peregrinou pelo mundo para tentar emplacar a ideia. A Uefa e os principais clubes da Europa não simpatizaram com a proposta em nenhum momento. Na visão deles, realizar o Mundial a cada dois anos traria grandes impactos negativos no calendário do futebol internacional. A Conmebol também esteve como opositora da proposta.
A modificação do tempo de disputa das Copas era o principal ponto de um profundo plano de reformulação do calendário do futebol mundial idealizado pela Fifa. As alterações no cronograma, entretanto, seguirão em pauta, pois o atual acordo sobre as realizações de partidas e torneios no calendário do futebol internacional termina em 2024.
Mesmo sem alteração no intervalo das edições, a Copa do Mundo terá uma grande alteração a partir da próxima edição. O torneio de 2026, com organização dividida entre Canadá, Estados Unidos e México, terá a participação de 48 seleções, 16 a mais do que o atual modelo com 32 equipes. A mudança foi aprovada em 2017. Nela, todas as confederações continentais passarão a ter mais vagas na disputa. A América do Sul, por exemplo, saltou de quatro — mais um na repescagem mundial — para seis representantes.
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