TRAGÉDIA

Justiça absolve monitor do Ninho do Urubu em processo de incêndio em 2019

Marcus Vinícius era acusado de se afastar do posto de trabalho e deixar as vítimas desamparadas. O incêndio que atingiu o Ninho do Urubu, do Flamengo, ocorreu em 2019

Agência Brasil
postado em 18/03/2022 08:59 / atualizado em 18/03/2022 09:02
Funeral do jovem Arthur Vinicius, de 14 anos, comoveu parentes, familiares e torcedores. Ele foi uma das 10 vítimas fatais do incêndio de 2019 -  (crédito: Fabio Motta/Estadao Conteudo)
Funeral do jovem Arthur Vinicius, de 14 anos, comoveu parentes, familiares e torcedores. Ele foi uma das 10 vítimas fatais do incêndio de 2019 - (crédito: Fabio Motta/Estadao Conteudo)

A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) decidiu absolver Marcus Vinícius Medeiros, monitor do futebol de base do Flamengo, no processo que apura responsabilidades pelo incêndio que atingiu o Ninho do Urubu, em 2019. A decisão da segunda instância manteve a sentença proferida pelo juízo da 37ª Vara Criminal.

O incêndio em um dos dormitórios do centro de treinamento do Flamengo deixou dez mortos e três feridos. Contra Marcus Vinícius pesava a acusação de que ele teria se afastado de seu posto de trabalho e, por isso, teria deixado os jovens desamparados.

A Justiça considerou que Marcus Vinícius era um trabalhador e apenas obedecia a ordens superiores. A relatora Suimei Meira Cavalieri destacou que ele não tinha possibilidade de imaginar os riscos na madrugada do acidente.

Além disso, a Justiça aceitou a alegação da defesa de que Marcus Vinícius não contribuiu para o acidente e ainda se colocou em risco ao salvar três vítimas.

Os demais réus continuarão a responder pelo crime de incêndio culposo qualificado pelos resultados de morte e lesão grave em outro processo, após desmembramento no dia 10 de novembro do ano passado.

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