O Grande Prêmio da Rússia de Fórmula 1, previsto para 25 de setembro, em Sochi, foi cancelado, anunciou, ontem, a empresa que administra o Mundial da categoria. Assim como a saída da final da Liga dos Campeões da Europa de São Petersburgo, a ação é uma consequência da invasão da Ucrânia pelo exército russo. O circuito integrava a lista oficial da temporada desde 2014.
"Na quinta-feira à noite, a Fórmula 1, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e as equipes discutiram o posicionamento do nosso esporte e a conclusão é que, levando-se em consideração a opinião de todas as partes afetadas, é impossível organizar o GP da Rússia nas atuais circunstâncias", afirmou a empresa Formula One Group, em um comunicado. "Acompanhamos os acontecimentos na Ucrânia com tristeza, assustados e esperamos uma solução rápida e pacífica para a situação atual", acrescentou a nota.
Essa decisão ocorre um dia depois de vários pilotos do grid, incluindo os campeões mundiais Max Verstappen (2021) e Sebastian Vettel (2010, 2011, 2012 e 2014), exigirem o cancelamento da corrida. "É horrível ver o que está acontecendo. De minha parte, minha opinião é que não devo ir. Não vou", declarou Vettel, em uma coletiva de imprensa durante os treinos de pré-temporada que estão ocorrendo no circuito de Montmeló, perto de Barcelona (nordeste da Espanha). "Quando um país está em guerra, o correto é não correr lá, com certeza. Mas o que conta não é o que eu penso, será decidido por todo paddock", acrescentou o atual campeão mundial, o holandês Max Verstappen, da Red Bull Racing.
Ontem, no último dia de treinos de pré-temporada da categoria, a equipe Haas, cujos carros costumam usar as cores azul, branco e vermelho, que coincidem com as da bandeira russa, trouxe chassis totalmente brancos, sem referências ao seu principal patrocinador Uralkali, uma empresa russa especializada em potássio. O chefe da equipe, Günther Steiner, declarou que anuncia, na próxima semana, o futuro da colaboração entre as partes.