F1: pilotos e equipes reagem ao ataque

Os campeões mundiais de Fórmula 1 Max Verstappen e Sebastian Vettel não querem participar do Grande Prêmio da Rússia, previsto para o fim de semana de 23 a 25 setembro de 2022, após a invasão russa no território da Ucrânia. O circuito do país do Leste Europeu compõe o calendário mundial da categoria desde a temporada de 2014 e tem o inglês Lewis Hamilton como maior vencedor — cinco corridas.

Atual campeão do mundo, Verstappen, da Red Bull, endossou a iniciativa de boicote ao GP da Rússia, agendado para o circuito de Sochi, cidade-sede das Olimpíadas de Inverno de 2014. "Quando um país está em guerra, o correto é não correr lá, com certeza. Mas o que conta não é o que eu penso. Será decidido por todo o paddock", salientou.

O alemão Sebastian Vettel, da Aston Martin, apoiou o pensamento do companheiro de pista. "Acordei surpreso. É horrível ver o que está acontecendo. De minha parte, minha opinião é que não devo ir, não vou", reagiu, em entrevista coletiva na Catalunha, onde acontecem as testes da pré-temporada de F1. "Acho que não seria bom ter uma corrida no país. Sinto muito pelas pessoas inocentes que perdem a vida, que morrem por razões estúpidas. Vamos falar sobre isso, mas já tomei minha decisão", concluiu o piloto.

A escuderia americana Haas decidiu não usar as cores da bandeira russa, país de um dos seus pilotos e do patrocinador principal, a produtora e exportadora de fertilizantes de potássio Uralkali, durante o último dia de testes de pré-temporada no circuito de Montmeló, hoje. Na bateria, a equipe correrá utilizando a cor branca no lugar do azul, branco e vermelho. "Quanto ao piloto russo Nikita Mazepin, ele vai pilotar como planejado na sessão."