Após alguns dias em silêncio na Sérvia, para onde foi depois de ter sido deportado da Austrália há cerca de 20 dias por não estar vacinado contra a covid-19, o tenista sérvio Novak Djokovic apareceu publicamente nesta quinta-feira e disse que irá contar nos próximos dias a sua versão do que ocorreu em Melbourne, onde não pôde disputar o Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam da temporada.
O tenista ainda não falou em detalhes sobre os problemas na Austrália nem sobre seu status de vacinação, apesar de um biógrafo afirmar que ele teria decidido se vacinar após a vitória do espanhol Rafael Nadal no torneio. Mas prometeu abrir o jogo em breve. "Tenham paciência, em sete ou dez dias, falarei em detalhes sobre tudo que aconteceu lá", revelou.
"Embora eu estivesse preso sozinho, enfrentando muitos problemas e desafios, não me senti sozinho porque tive apoio da família, de pessoas próximas, amigos, mas também de todo o povo sérvio, que tentou aliviar a minha situação", prosseguiu Djokovic.
O atual número 1 do mundo se encontrou com o presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, em um evento acompanhado por jornalistas em Belgrado, capital do país, e agradeceu o apoio do mandatário, que tentou negociar com os australianos por sua liberação na época.
"Como presidente, você não tinha a obrigação de me dar o suporte que deu, mas quero que saiba que sinto uma gratidão bem pessoal por ter me auxiliado. Minha gratidão ao povo sérvio cresce a cada dia. Depois do que aconteceu na Austrália, sei que essa conexão vai durar para sempre", disse o tenista.
O encontro foi criticado por parte da imprensa e de torcedores de Djokovic, que apontam para um movimento de propaganda política. Vucic, que tentará a reeleição em abril, ressaltou que ligou para o tenista durante a confusão pedindo que ele voltasse, quando percebeu que estava "lutando por seu país". "Obrigado pela grande luta. Percebi (quando liguei) que ele estava pronto para lutar não apenas por ele, mas pelo país inteiro", completou o líder do ranking da ATP.
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