Como o mestre mandou

Victor Parrini*
postado em 02/02/2022 00:01
 (crédito: Lucas Figueiredo/CBF)
(crédito: Lucas Figueiredo/CBF)

Em seu jogo de número 70 à frente da Seleção Brasileira, o técnico Tite desenhou uma equipe agressiva e nada parecida com aquela que empatou fora de casa com o Equador, na rodada anterior das Eliminatórias. Ontem, no Mineirão, o Brasil dominou o Paraguai do início ao fim, venceu, por 4 x 0, e ajudou a alavancar os números do professor com a prancheta verde-amarela.

Os primeiros toques na bola sugeriam um Brasil agressivo, diferente daquele do empate em Quito. Com dois minutos de jogo, a Seleção conseguiu envolver o Paraguai e chegar ao ataque com Paquetá, bloqueado pela defesa, e ainda inaugurar o marcador com Raphinha. Daniel Alves cobrou lateral para Matheus Cunha, que escorou para o camisa 19 vencer a marcação e estufar as redes. Porém, o VAR anulou o lance por toque de mão.

A intervenção do VAR não foi o suficiente para diminuir o controle verde-amarelo sobre a partida. Bem postada, a equipe de Tite dominou o meio de campo e pressionou os adversários e chegou a ter 81% de posse de bola. A superioridade canarinho quase foi recompensada quando Raphinha perdeu um gol feito debaixo das traves. Sem abaixar a cabeça, aos 27, Raphinha esqueceu a chance desperdiçada para inaugurar efetivamente o placar no Mineirão.

Na volta dos vestiários, o Brasil não precisou de muito tempo para a assustar os paraguaios. Logo no terceiro minuto, o inspirado Raphinha chutou de fora da área, mas a bola explodiu na trave. Instantes depois, foi a vez de Matheus Cunha incomodar após cabeçada em cruzamento de Alex Telles. Assim como nos 45 iniciais, o domínio era todo verde-amarelo. Camisa 10 na ausência de Neymar, Paquetá recebeu lançamento de Coutinho, dominou no peito e tentou por cobertura na saída do goleiro paraguaio, quase soltando novos gritos de gol em BH.

Criticado por muitos, Coutinho mostrou que ainda tem muito a oferecer. O jogador é um dos pilares de Tite para o setor criativo. Prova disso foi o golaço de fora da área, quando observou o posicionamento do goleiro e balançou as redes pela primeira vez com a camisa da Seleção desde 9 de outubro de 2020. O camisa 11 é o terceiro maior goleador da Seleção sob o comando de Tite: 15 tentos em 48 partidas.

A noite no Gigante da Pampulha foi encerrada com chave de ouro e goleada. Na reta final, os suplentes Antony e Rodrygo deram números finais ao jogo.

Com 51 vitórias na Era Tite, a Seleção retomará os trabalhos em março. No dia 24, a amarelinha recebe o Chile na Arena Fonte Nova, em Salvador. Cinco dias depois, o escrete canarinho visita a Bolívia, em La Paz, na rodada de encerramento das Eliminatórias para a Copa do Mundo.

*Estagiário sob a supervisão de Danilo Queiroz

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