O recomeço da judoca tem mais um brilho dourado. Rafaela Silva foi campeã do Grand Prix de Alamanda, em Portugal, na categoria leve (até 57kg). O torneio começou nesta sexta-feira (28/1) e terá competições até domingo (30/1) com outros brasileiros na disputa.
A campeã olímpica da Rio-2016 retornou aos tatames com glória. Em outubro de 2021, participou da seletiva para o Campeonato Brasileiro, se classificou e depois conquistou o título nacional. Em novembro, voltou ao Circuito Mundial no Grand Slam de Baku, no Azerbaijão, mas foi eliminada na primeira luta.
Antes de fechar o ano, Rafaela conquistou o título no Mundial Militar e um bronze por equipes na Champions League de judô. No entanto, os torneios não fazem parte do Circuito Mundial.
O caminho até o pódio
Em pouco mais de 1 min de luta, a judoca brasileira aplicou um belo ippon na holandesa Pleuni Cornelisse e agarrou o ouro. Mas, para chegar na decisão, Rafaela Silva precisou vencer três duelos nesta sexta-feira.
Primeiramente, a brasileira despachou a suíça Evelyne Tschopp, em duelo que durou apenas 34s, e foi para as quartas de finais. Na fase seguinte, encontrou a tcheca Vera Zemanova, e travaram uma luta equilibrada. A classificação para as semifinais veio por waza-ari, no golden score.
A luta que colocou a brasileira na briga pelo título também foi ao golden score. Por waza-ari, a judoca bateu a sul-coreana Eunsong Park.
Afastada por dois anos
Durante os Jogos Pan-americanos de Lima-2019, Rafaela Silva foi pega no teste antidoping com a substância Fenoterol. Com o teste positivo, a Federação Internacional de Judô (FIJ) deu a ela uma suspensão de dois anos.
A decisão da entidade fez com que a judoca perdesse o ouro conquistado nos jogos e os bronzes no Mundial, das categorias individuais e por equipes - o Brasil também perdeu a medalha. Rafaela Silva também foi impedida de participar das Olimpíadas de Tóquio-2020.
*Estagiária sob a supervisão de Danilo Queiroz