CANDANGÃO

Com vexame e briga generalizada, Gama vence o Brasiliense no Mané

O Estádio Nacional Mané Garrincha testemunhou, ontem, um dos capítulos mais tristes da história do futebol do Distrito Federal. Quase cinco anos após a briga generalizada no Bezerrão, as torcidas de Gama e Brasiliense protagonizaram outro episódio lamentável em um clássico. Na vitória alviverde sobre o Jacaré, por 3 x 2, o destaque foi a mancha negativa causada por confusões e pancadaria nas arquibancadas. As cenas lamentáveis ocorreu no mesmo dia que a Federação de Futebol do Distrito Federal e o Banco de Brasília (BRB) oficializaram o acordo pelo naming rights do Campeonato Candango.

O indício de problema surgiu ainda no intervalo, quando a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) usou bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar o primeiro confronto entre torcedores dos dois times. Com a briga, a pausa entre os dois tempos se alongou por 20 minutos. Porém, foi aos 37 do segundo tempo que a situação se agravou de vez. Após uma sequência de provocações, membros das organizadas dos dois times conseguiram driblar o isolamento da arena, se encontraram e iniciaram uma forte pancadaria nas arquibancadas do Mané Garrincha.

Com a confusão generalizada, torcedores não envolvidos no confronto entraram no gramado para se protegerem. Os jogadores das duas equipes chegaram a ir aos vestiários em meio à confusão. Após muita briga, a PMDF conseguiu, enfim, encerrar a pancadaria. O jogo ficou paralisado por mais de 1h. Após retirar as duas torcidas de maneira separada do estádio, a polícia e o Gama sugeriram o encerramento da partida, mas a bola voltou a rolar após a resistência e diálogos com o Brasiliense. Os minutos finais aconteceram sem nenhuma testemunha ocular.

O Gama saiu na frente ainda no primeiro tempo com Iacovelli convertendo pênalti. Na sequência, Marcão empatou para o Brasiliense. Antes do intervalo, Milla recolocou o alviverde em vantagem. No fim da partida, sem torcida, Espeto marcou o terceiro e Aloísio diminuiu.