Pouco antes do juiz apitar o início do clássico candango, entre Gama e Brasiliense, na Arena BRB Mané Garrincha, na noite desta quarta-feira (26/1), ocorreu a assinatura do contrato de naming rights do Campeonato Candango, na tribuna do estádio no coração da capital federal. Com a oficialização entre o Banco de Brasília (BRB), o Governo do Distrito Federal (GDF) e a Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF), o torneio local passa a carregar o nome da instituição financeira do quadradinho. Além disso, o presidente da FFDF, Daniel Vasconcelos, adiantou que Brasília vai sediar a finalíssima da Supercopa do Brasil, marcada para 20 de fevereiro.
Também estiveram presentes na solenidade a deputada federal Celina Leão (PP/DF), o deputado distrital Rafael Prudente (MDB/DF), o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, o diretor da Arena BSB, Richard Dubois, e o secretário de governo, José Humberto Pires. Todos os presentes destacaram a importância da iniciativa para investir no campeonato local para promover uma maior profissionalização do futebol candango.
“Hoje é um dia de extrema importância. Será uma caminhada para que a gente de fato alcance resultados cada vez maiores no futebol brasiliense, que já tem uma torcida grande. Acho que precisa, sim, avançar no sentido de ter mais crescimento, mais público, mais exposição. O BRB se sente bastante orgulhoso de estar aqui, como uma instituição financeira pública ser um veículo de transformação e profissionalização, aumento de exposição e porquê não de realização de sonhos”, declarou o presidente da entidade, Paulo Henrique.
“De 2005, nos meus tempos de futebol de menino, nunca teve uma premiação no valor que o banco está oferecendo junto a federação”, anunciou Daniel Vasconcelos. No acordo entre as partes, o valor do aporte pode chegar a R$ 2,8 milhões. Na primeira fase, cada time com as certidões negativas em dia pode arrecadar R$ 80 mil em patrocínio. Apenas Brasiliense, Brasília e Unaí não captaram o recurso. Na segunda fase, a título de premiação, as equipes levam R$ 130 mil. O campeão ganha R$ 500 mil; o vice, R$ 250 mil; o terceiro, R$ 150 mil; e o quarto, R$ 100 mil. Pela organização, a FFDF embolsa R$ 500 mil.
A deputada federal Celina Leão também falou sobre a decisão governamental de vetar a presença de torcida nas arquibancadas no clássico Fla x Flu em razão do avanço da pandemia de covid-19 no Distrito Federal e da ocupação de leitos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). “Nós queremos público nos estádios, as pessoas precisam se vacinar. 90% dos pacientes internados não se vacinaram. Elas precisam se imunizar para que a gente volte a ter público nas arquibancadas e para que possamos voltar a normalidade. É uma responsabilidade tão grande com a sua vida e com a do próximo”, declarou a parlamentar.
Supercopa do Brasil no DF
Apesar do possível veto de público nas arquibancadas no clássico carioca entre Flamengo e Fluminense, marcado para às 16h de 6 de fevereiro, pelo avanço da pandemia de covid-19 no Distrito Federal, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou a terceira edição seguida da Supercopa do Brasil na Arena BRB Mané Garrincha. A partida entre Atlético-MG e Flamengo será em 20 de fevereiro, às 11h. O presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) também confirmou o acordo para o jogo acontecer em Brasília.
"A gente sempre vem lutando, trabalhando para trazer eventos para cá. Falando com a CBF. Inclusive, agora, antes de iniciarmos o evento, estávamos na tratativa para realizar o jogo da Supercopa e com muita luta, que o Richard sabe que não foi fácil, mas que o presidente Ednaldo deu um voto de confiança e que vamos realizar mais um ano da Supercopa aqui em Brasília, em 20 de fevereiro. Então, é um momento bom, bom para nós, bom para o Flamengo, né, que é patrocinado pelo BRB, tem a parceira. Para o estádio também. Acho que todo mundo ganha", ressaltou.
O que é naming rights
Naming rights é uma prática que explora economicamente uma marca em que ela passa a ser usada como nome de uma propriedade ou evento, que funciona de forma similar a um patrocínio. A parceria é firmada por um contrato com prazo determinado.
Em Brasília, o Estádio Mané Garrincha e o antigo Nilson e Nelson são regidos pelo mesmo tipo de investimento. Por isso, passaram a ser chamados oficialmente de Arena BRB. Outros exemplos, no Brasil, são o Allianz Parque, casa do Palmeiras, a Neo Química Arena, do Corinthians, e a Itaipava Arena Fonte Nova, do Bahia.
*Estagiária sob a supervisão de Danilo Queiroz