Donos do planeta bola

VICTOR PARRINI*

Assim como um bom vinho, o atacante Robert Lewandwoski mostra que, com o passar dos anos, o seu futebol tem um sabor cada vez mais agradável ao paladar dos amantes do esporte. No auge dos 33 anos, o astro do Bayern de Munique faturou, pela segunda vez consecutiva, o prêmio de melhor jogador do mundo da Fifa. Com a conquista, o polonês repetiu os feitos do ex-zagueiro Fábio Cannavaro e do meia Luka Modric como atletas mais velhos a serem premiados como as excelências do planeta bola.

Para colocar mais um troféu na estante, Lewandowski precisou superar a forte concorrência de Lionel Messi e Mohamed Salah. O argentino era o principal adversário na disputa pelo título. Em novembro, o camisa 30 do Paris Saint-Germain o desbancou na corrida pela Bola de Ouro, concedida pela revista France Football. Esta, inclusive, foi a segunda vez que os dois prêmios não "conversaram". Em 2004, Ronaldinho levou pela Fifa e Shevchenko pela publicação francesa.

Porém, ontem, foi a vez do goleador do Bayern dar o troco. O trunfo do camisa 9 foi o faro de gols. Na temporada 2020/21, ele anotou 48 em 40 partidas pelo time bávaro. O desempenho levou o clube a faturar a Bundesliga e a Supercopa da Alemanha. E, assim como um bom vinho que só melhora com o tempo, Lewa vem protagonizando exibições ainda mais prazerosas nas quatro linhas. Na atual disputa, ele soma 34 bolas na rede em 27 jogos.

O ritmo do centroavante polonês vai de encontro à naturalidade do esporte e muitos atletas. Aos 33 anos, as performances do atacante parecem não ter margem para queda. Muito pelo contrário, Lewandowski se supera a cada quatro estações.

Putellas unânime

Entre as mulheres, a atacante Alexia Putellas foi eleita a melhor do mundo. A craque do Barcelona venceu a concorrência da companheira de equipe, Jennifer Hermoso, e de Sam Kerr, do Chelsea. O prêmio Fifa é o segundo individual de Putellas em menos de dois meses. Em novembro, ela também faturou a tradicional Bola de Ouro e escreveu seu nome na história.

Com isso, um novo reinado pode estar por vir, já que a rainha Marta foi lembrada apenas na seleção ideal da temporada. A camisa 10 da Seleção Brasileira foi o grande destaque do país, visto que os tupiniquins não concorriam às principais condecorações individuais.

Técnicos

Os prêmios para os melhores treinadores foram dominados pelo Chelsea. Os donos das pranchetas da equipe masculina, Thomas Tuchel, e do elenco feminino, Emma Rayes, confirmaram a ascensão dos Blues no Velho Continente.