Principal torneio de base do futebol brasileiro, a Copa São Paulo começou a viver, nesta quarta-feira (12/1), suas primeiras emoções de confrontos mata-matas. O torneio passou a ser disputado por 64 equipes, em partidas únicas e eliminatórias, onde apenas 32 avançarão. E no esquenta para a sequência da competição e das joias que desfilam pelos campos paulistas, o Correio separou alguns jogadores para você ficar de olho nas fases derradeiras da Copinha.
Andrey Santos - Vasco
As crias de São Januário desembarcaram na Copinha pensando no bicampeonato. Vencedor em 1992, o Vasco espera encerrar o jejum de 30 anos sem levantar o troféu do torneio de base. Para isso, uma das esperanças do técnico Igor Guerra é o volante Andrey Santos, de apenas 17 anos.
Apesar de ser receber a função de um meio-campista recuado, Andrey mostra que é versátil e agudo. Em cinco anos de clube, ele soma 12 gols e duas assistências em 60 partidas. No currículo, possui títulos Copa do Brasil sub-20, Supercopa do Brasil sub-20, Campeonato Carioca sub-15 e sub-17, além do Sul-Americano sub-15, com a Seleção Brasileira. Na estreia cruzmaltina na Copinha, o jovem foi fundamental na goleada por 5 x 1 sobre o Lagarto-SE e balançou as redes na goleada por 12 x 0 sobre o Rio Claro.
Endrick - Palmeiras
Se entre os profissionais o Palmeiras é quem comanda a América do Sul há duas temporadas, na base, a molecada do Verdão também pede passagem. Finalista da Copinha em 1970 e 2003, o Palestra ainda sonha com o primeiro título do principal torneio de base do futebol nacional. Para faturar essa conquista, o time aposta as fichas em um brasiliense: o atacante Endrick.
Nascido em 2006, Endrick nem sequer completou 16 anos, mas mostrou personalidade ao assumir a camisa 9 palmeirense. Em 170 jogos na base, o atacante anotou incríveis 167 gols, foi campeão paulista Sub-11, Sub-13, Sub-15 e Sub20 e virou xodó do elenco profissional, com quem treinou para ser observado por Abel Ferreira. Na atual edição da Copinha, o brasiliense soma quatro gols em dois jogos.
Enzo - Internacional
Atual campeão da Copa São Paulo, o Inter desponta novamente como um dos favoritos ao caneco de 2022. Para defender o título, o Colorado conta a presença do atacante Enzo, de 18 anos. O jovem jogador gaúcho é filho do ídolo do clube, Fernandão, multicampeão pela equipe de Porto Alegre.
O herdeiro do ex-capitão do Inter quer seguir os passos do pai e ganhar ainda mais espaço, aproveitando a vitrine que tem pela frente. Enzo não desponta como titular absoluto da posição, porém, segue como peça importante na busca pelo hexacampeonato da Copinha.
Giovane - Corinthians
Maior campeão da Copa São Paulo com 10 títulos, o Corinthians quer retomar os caminhos de glória no torneio de base. A equipe está há três edições sem figurar entre os finalistas. Para a missão de voltar ao topo do cenário, o Timão faz uso de Giovane, atacante destaque da equipe.
Aos 18 anos, Giovane vive sua segunda temporada com a camisa alvinegro. Em 2019 e 2020, vestiu as cores do Red Bull Brasil sub-17 e Capivariano. Na temporada anterior, foi emprestado para o Parque São Jorge e deu muito certo: anotou 17 gols e deu duas assistências em 23 partidas. Em três partidas pela Copa São Paulo, o atacante corintiano foi às redes uma vez e também ajudou com uma assistência.
John Kennedy - Fluminense
Dono de um plantel talentoso, o Fluminense também contará com uma jovem experiência para a Copinha 2022. John Kennedy é o principal nome da equipe carioca. O atacante de 19 anos atua pela equipe sub-20, mas tem bagagem pela equipe profissional, onde disputou Campeonato Carioca, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro.
Em 22 partidas na equipe de cima do Flu, John Kennedy balançou as redes quatro vezes. Na atual temporada, o jovem quer receber ainda mais oportunidades. Mas, para isso, precisa fazer valer na Copa São Paulo. O Fluminense não chega à final desde 2012, quando foi derrotado para o Corinthians.
Matheus França - Flamengo
O bonde flamenguista na Copinha é puxado pelo meia Matheus França. O camisa 10 rubro-negro é uma das principais apostas do clube na categoria de base. Aos 17 anos, França conquistou o Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil sub-17, além do título Sul-Americano sub-15 com a Amarelinha.
As expectativas sobre o jovem são tão grandes, que a diretoria resolveu renovar o vínculo com o jogador até 2027, com multa astronômica de 100 milhões de euros (cerca de R$ 640 milhões). Isso porque, em 2021, o meia foi às redes 19 vezes em 32 partidas. As atuações lhe renderam minutos na equipe profissional, quando atuou contra Santos e Atlético-GO, pelo Brasileirão.
Pedrinho - São Paulo
Acostumado a revelar grandes jogadores, como Casimiro, Lucas Moura, o São Paulo versão 2022 conta um plantel talentoso e desperta interesse até mesmo do técnico da equipe principal, Rogério Ceni. Sob o comando de Alex, as crias de Cotia esperam chegar longe e, quem sabe, faturar o quinto título tricolor na Copinha. Para isso, um dos trunfos joga pelo meio e atende pelo nome de Pedrinho.
Aos 19 anos, o jovem jogador chama a atenção pelo poder de definição e visão de jogo. Na temporada 2021, em 28 partidas pela equipe sub-20, Pedrinho anotou seis gols e serviu os companheiros com sete assistências. As atuações lhe renderam a camisa 10 do São Paulo para o torneio de base.
Ronald - Grêmio
Vice-campeão da Copa São Paulo em 2020, o Grêmio ainda sonha alto com o primeiro título no torneio. Para alcançar o feito, o tricolor gaúcho coloca boas expectativas sobre o volante Ronald, de 18 anos.
Na base gremista desde 2019, Ronald soma 40 partidas pela equipe porto-alegrense, com passagens pelos elencos sub-17, sub-20 e sub-23. Jogador de poucos gols, ele se destaca pela regularidade, forte marcação e comprometimento tático.
Rubens - Atlético-MG
Dominante no cenário nacional entre os profissionais, o Galo mineiro também quer soltar o grito de campeão nas categorias de base. Para triunfar pela quarta vez na Copinha, o esquadrão de Belo Horizonte trabalha com promessas que esperam render bons frutos, entre eles, o meia Rubens.
Com 15 gols e 13 assistências em 2021, o jovem meio-campista foi dos destaques recentes do Atlético-MG nas competições de base. Para a atual temporada, a expectativa é de exibições ainda melhores. Em três partidas pela Copinha, Rubens balançou as redes três vezes, duas na estreia contra o Desportivo Aliança e outra na vitória simples sobre o Andirá-AC.
Juninho - Botafogo
O Glorioso abriu 2022 pensando na conquista inédita da Copinha. Finalista em 1971, o Fogão conta com uma safra talentosa, que tem o meia Juninho como um das peças importantes para a campanha.
Com apenas 20 anos, Juninho pode ser considerado um “jovem experiente”. O meia teve passagens pela base do Vasco e Americano-RJ até desembarcar de vez no Botafogo, onde está desde 2019. Os números dele em 2021 chamaram a atenção do técnico da equipe de cima, Enderson Moreira, e Juninho integrará o elenco profissional nos primeiros compromissos oficiais de 2022.
Rwan - Santos
Maior case de sucesso das categorias de base do futebol brasileiro, o Santos está pronto para lançar novos talentos. Para a 52ª edição da Copinha, o Peixe tem boas expectativas sobre o atacante Rwan. Aos 20 anos, antes de desembarcar na Baixada, o jovem defendeu o Flamengo de Guarulhos e encaixou como uma luva no alvinegro praiano.
Em 2021, balançou as redes 13 vezes em 18 partidas pelo time sub-20, e ainda serviu os companheiros com três assistências. As esperanças sobre Rwan são tão grandes que, em seu contrato, há multa rescisória estipulada em 50 milhões de euros (cerca de R$ 321 milhões) para clubes estrangeiros e 100 milhões de euros (R$ 642 milhões) para equipes nacionais.
Weverton - Cruzeiro
Na raposa, o destaque para a sequência na Copa São Paulo, é defensivo. Para voltar a soltar o grito de campeão do torneio, a equipe mineira deposita a confiança no zagueiro Weverton, de apenas 18 anos.
Na Toca da Raposa desde 2018, o defensor coleciona 47 exibições com a camisa celeste, além do título mineiro juvenil de 2019. As expectativas sobre Weverton e os demais jovens cruzeiros são altas e a esperança da torcida por dias melhores na equipe profissional.
*Estagiário sob a supervisão de Danilo Queiroz