Em 2022, a Copa do Mundo será disputada entre novembro e dezembro para fugir das altas temperaturas registradas no Catar entre junho e julho, período em que o torneio é tradicionalmente disputado desde o início da competição, em 1930. Ao longo da história, as principais variações foram alguns inícios em maio, como nas edições de 1934, na Itália, 1970, no México, e 2002, no Japão e na Coreia do Sul. A mudança no cronograma também impactará para aquecer o calendário de preparação da Seleção Brasileira.
Neste ano, o time de Tite deve entrar em campo em dez oportunidades antes da estreia no Catar. Quatro compromissos estão garantidos e são oficiais. Entre janeiro e março, o Brasil pega Equador, Paraguai, Chile e Bolívia pelas rodadas finais das Eliminatórias Sul-Americanas. Com vaga garantida na Copa do Mundo desde novembro do ano passado, a Seleção terá nos compromissos contra equipes que ainda lutam pelo Mundial testes de luxo para encaminhar o grupo de 2022.
Com o hiato maior para o início da Copa do Mundo — faltam 11 meses —, a Seleção Brasileira planeja realizar outros seis amistosos, totalizando os dez confrontos. Em 2002, ano do penta, o time de Luiz Felipe Scolari foi testado sete vezes, todos em confrontos amigáveis. Em 2010 e 2014, foram somente três duelos visando o Mundial. Em 2018, a equipe de Tite optou por fazer quatro jogos antes de estrear na Rússia. Em 2022, a lamentação é a dificuldade de enfrentar países da Europa no caminho até o Catar.
Na convocação da Data Fifa de outubro, Tite fez um "apelo" por confrontos de bom nível antes do Mundial. "Eu vejo importante esse intercâmbio, o Brasil tem que jogar contra Espanha e Itália, ter novos jogos contra a Inglaterra. Precisa, sim. Mas não depende só da gente. Eu não tenho solução para isso, mas gostaria, sim", disse. "Nós estamos tendo essa busca de uma solução melhor em termos de calendários e oportunidades de jogos enfrentando europeus, com intercâmbio maior", garantiu o treinador.