Recomeço

De volta aos tatames: Rafaela Silva conquista ouro no Grand Prix de judô

A brasileira foi suspensa por dois anos depois de ser pega no exame antidoping, em 2019. O pódio é o primeiro no Circuito Mundial desde o fim da punição

Júlia Mano*
postado em 28/01/2022 20:45 / atualizado em 28/01/2022 20:46
 (crédito: Emanuele Di Feliciantonio/IJF)
(crédito: Emanuele Di Feliciantonio/IJF)

O recomeço da judoca tem mais um brilho dourado. Rafaela Silva foi campeã do Grand Prix de Alamanda, em Portugal, na categoria leve (até 57kg). O torneio começou nesta sexta-feira (28/1) e terá competições até domingo (30/1) com outros brasileiros na disputa.

A campeã olímpica da Rio-2016 retornou aos tatames com glória. Em outubro de 2021, participou da seletiva para o Campeonato Brasileiro, se classificou e depois conquistou o título nacional. Em novembro, voltou ao Circuito Mundial no Grand Slam de Baku, no Azerbaijão, mas foi eliminada na primeira luta.

Antes de fechar o ano, Rafaela conquistou o título no Mundial Militar e um bronze por equipes na Champions League de judô. No entanto, os torneios não fazem parte do Circuito Mundial.

O caminho até o pódio

Em pouco mais de 1 min de luta, a judoca brasileira aplicou um belo ippon na holandesa Pleuni Cornelisse e agarrou o ouro. Mas, para chegar na decisão, Rafaela Silva precisou vencer três duelos nesta sexta-feira.

Primeiramente, a brasileira despachou a suíça Evelyne Tschopp, em duelo que durou apenas 34s, e foi para as quartas de finais. Na fase seguinte, encontrou a tcheca Vera Zemanova, e travaram uma luta equilibrada. A classificação para as semifinais veio por waza-ari, no golden score.

A luta que colocou a brasileira na briga pelo título também foi ao golden score. Por waza-ari, a judoca bateu a sul-coreana Eunsong Park.

Afastada por dois anos

Durante os Jogos Pan-americanos de Lima-2019, Rafaela Silva foi pega no teste antidoping com a substância Fenoterol. Com o teste positivo, a Federação Internacional de Judô (FIJ) deu a ela uma suspensão de dois anos.

A decisão da entidade fez com que a judoca perdesse o ouro conquistado nos jogos e os bronzes no Mundial, das categorias individuais e por equipes - o Brasil também perdeu a medalha. Rafaela Silva também foi impedida de participar das Olimpíadas de Tóquio-2020.

*Estagiária sob a supervisão de Danilo Queiroz

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