CLÁSSICO MANCHADO

Após confusão, TJD/DF suspende organizadas de Gama e Brasiliense dos estádios

O presidente do TJD/DF, Vinícius Henrique Bernardes dos Santos, analisou imagens e vídeos para tomar a decisão. Ele ainda estendeu a possibilidade de outras torcidas organizadas do DF serem afetadas

Danilo Queiroz
Victor Parrini*
postado em 27/01/2022 14:20 / atualizado em 27/01/2022 14:20
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

A confusão nas arquibancadas do Estádio Nacional Mané Garrincha na noite de quarta-feira (26/1) durante o clássico entre Gama e Brasiliense, pela segunda rodada do Campeonato Candango BRB 2022 rendeu uma reação da Procuradoria-Geral do Tribunal de Justiça Desportiva do Distrito Federal (TJD/DF). O órgão suspendeu as torcidas organizadas dos dois clubes nos estádios da capital federal.

“As imagens mostram que a arena de desporto virou uma praça de guerra, essa não é a primeira vez que uma confusão com essa proporção acontece entre as duas equipes, o que demonstra recorrência. A Procuradoria vem desde já requerer que sejam tomadas providências capazes de impedir que a torcida invada o gramado novamente, colocando em risco todos os atletas e demais profissionais que estão em campo”, explica a decisão.

O presidente do TJD/DF, Vinícius Henrique Bernardes dos Santos, analisou imagens e vídeos para tomar a decisão. Ele ainda estendeu a possibilidade de outras torcidas organizadas do DF serem afetadas. “Em caso de descumprimento, diante da gravidade dos fatos narrados, ao menos em sede de cognição sumária, entendo necessário estabelecer que o descumprimento desta medida ocasionará a imputação de multa no equivalente a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais)”, proferiu.

A pancadaria na arquibancada ocorreu em dois momentos distintos do clássico verde e amarelo. No intervalo, um princípio de confusão foi contido pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) com bombas de efeito moral e balas de borracha. Aos 37 minutos do segundo tempo, as organizadas das duas equipes iniciaram um confronto nas dependências do Mané Garrincha.

Segundo presentes no estádio, a PMDF demorou para agir. O contingente destinado para o clássico, conhecido por outros problemas em anos anteriores, também foi apontado com um fator que contribuiu para a pancadaria. Em vídeo distribuído para a imprensa nesta quinta-feira (27/1), o tenente-coronel Edvã Sousa defendeu a atuação dos militares e condenou as torcidas que brigaram no Mané Garrincha.

“Foi lamentável o que ocorreu. Duas torcidas que deveriam ir para festejar a vitória, vão para brigar. A PMDF, juntamente com a Secretaria de Segurança, fez várias reuniões. Inclusive, com as lideranças das torcidas. Mesmo assim, como toda a situação preventiva, tem a situação de torcedores que vão para brigar. Não podemos permitir isso em nenhum canto do Brasil. Houve a necessidade de uma intervenção controlada para que não ocorressem mais situações no estádio. As duas torcidas chegaram escoltadas, foram retiradas do estádio e seguiram para suas cidades escoltadas. Não é questão somente de segurança, mas da índole dos torcedores de irem ao estádio para festejar”, disse.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por meio de sua assessoria de imprensa, informou que, através da Comissão de Segurança nos Estádios, está avaliando quais medidas devem ser tomadas nesse caso, incluindo a responsabilização dos envolvidos.

*Estagiário sob a supervisão de Danilo Queiroz

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